RSM - Revista Sociedade Militar
  • Página Inicial
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Concursos e Cursos
  • Gente e Cultura
RSM - Revista Sociedade Militar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Início Defesa e Segurança Geopolítica

Salário de até R$ 25 MIL, treinamento com drones e armamento de ponta! A Ucrânia está recrutando militares estrangeiros e brasileiros estão embarcando nessa

Brasileiros na guerra? Ucrânia oferece até R$ 25 MIL por mês para quem topar pegar em armas! Saiba como se alistar, o que esperar do campo de batalha e os riscos de ser um militar estrangeiro!

por Noel Budeguer
20/04/2025
A A

Desde o início do conflito entre Ucrânia e Rússia, o mundo assiste a uma guerra prolongada e devastadora. Com mais de três anos de enfrentamentos, destruição e perdas humanas, a Ucrânia vem ampliando seus esforços para reforçar suas tropas. Entre as estratégias adotadas, destaca-se a intensificação do recrutamento de militares estrangeiros, com especial atenção para voluntários vindos de países como o Brasil. A proposta é direta: oferecer altos salários, treinamento especializado e benefícios atrativos a quem estiver disposto a lutar ao lado das Forças Armadas ucranianas.

Neste contexto, cresce o número de brasileiros que veem na guerra uma oportunidade única. Seja por ideologia, desejo de aventura ou motivação financeira, a presença de militares brasileiros no front se tornou uma realidade incontornável.

A nova campanha de alistamento militar internacional

A campanha de recrutamento lançada pela Ucrânia tem se expandido para além do continente europeu. Com vídeos institucionais em diversos idiomas e apelos diretos nas redes sociais, o governo de Volodymyr Zelensky busca atrair combatentes de diferentes nacionalidades. Os interessados são incentivados por promessas de estabilidade financeira: um salário mensal de até 4.500 dólares (aproximadamente R$ 25 mil), alojamento, alimentação, vestuário militar e acesso a armamento moderno.

Além disso, os novos militares estrangeiros têm direito a treinamento de alta complexidade, que vai desde o uso de drones até técnicas de primeiros socorros em zona de combate. A mensagem principal da campanha é clara: a guerra precisa de gente preparada e disposta, e o campo de batalha está aberto para quem quiser atender ao chamado.

Apesar dos atrativos, a Ucrânia impõe uma série de exigências. Os voluntários devem ter entre 18 e 60 anos, estar fisicamente aptos, sem antecedentes criminais e dispostos a custear sua viagem até o território ucraniano — já que o governo não cobre as despesas de deslocamento nem oferece vistos especiais.

O risco real: Militares brasileiros já caíram em combate

Embora o número oficial de brasileiros que ingressaram na Legião Internacional não seja confirmado, estima-se que pelo menos 40 estejam atualmente envolvidos em missões na Ucrânia. O Itamaraty já reconheceu a morte de 12 brasileiros desde o início da guerra, sendo o caso mais recente o de Murilo Lopes Santos, morto em combate no leste do país.

Murilo Lopes Santos, de 26 anos, morreu em combate na Ucrânia — Foto: globo

A realidade enfrentada por esses militares voluntários é bem diferente do que muitos imaginam. O campo de batalha exige resistência física e psicológica: longos períodos sem dormir, exposição ao frio extremo, fome e o risco constante de morte. Para alguns, esse cenário brutal contrasta com a ideia inicial de heroísmo e propósito.

Um dos depoimentos presentes no site oficial da campanha é o de “JC”, um brasileiro com experiência militar anterior que luta na Ucrânia desde fevereiro de 2023. Segundo ele, a guerra exige preparação total e uma mentalidade resiliente. Sua fala, embora motivacional, serve também como alerta para os que cogitam se alistar sem plena consciência das consequências.

Militares e o dilema moral: Vale a pena lutar em uma guerra que não é sua?

A questão ética em torno da participação de estrangeiros em conflitos armados alheios é amplamente debatida. Para muitos, a guerra na Ucrânia representa um chamado de justiça, liberdade e solidariedade internacional. Para outros, é um risco desnecessário, especialmente quando o envolvimento não tem respaldo direto do governo do país de origem.

O Brasil, oficialmente, mantém uma postura neutra. O governo federal não incentiva nem proíbe a participação de seus cidadãos no conflito. No entanto, a ausência de apoio diplomático ou consular no caso de prisões ou mortes pode tornar a situação ainda mais delicada para os voluntários.

Além disso, existe um dilema pessoal que muitos enfrentam: vale a pena arriscar a vida por um conflito distante, quando há combates diários acontecendo dentro do próprio Brasil? As forças policiais brasileiras, especialmente as militares, enfrentam batalhas diárias contra organizações criminosas fortemente armadas. A carreira na segurança pública, embora perigosa, oferece estabilidade jurídica e social dentro do território nacional.

Carreira militar no Brasil: um caminho alternativo para os interessados em combate

Para quem busca um propósito de vida, adrenalina e um senso de missão, a carreira nas forças de segurança nacionais pode ser uma opção mais viável. As polícias militares e civis atuam em ambientes extremamente hostis, enfrentando ameaças reais diariamente, especialmente nas grandes cidades brasileiras.

O ingresso nessas instituições exige preparação física e intelectual, mas oferece, em contrapartida, formação continuada, salário fixo e possibilidade de crescimento profissional. Outro ponto importante: diferentemente do Exército ucraniano, as forças militares brasileiras não impõem idade máxima para ingresso em determinados cargos, especialmente na Polícia Civil.

Além disso, o combate em solo nacional permite ao profissional manter laços familiares e sociais, sem a complexidade de atuar em um país estrangeiro, com idioma e cultura distintos, além do risco de ser capturado ou morto sem qualquer tipo de suporte consular.

Uma escolha de vida com consequências irreversíveis

O alistamento de estrangeiros no exército ucraniano representa uma oportunidade para muitos — seja por convicção, pela possibilidade de altos rendimentos ou pela busca de um novo rumo de vida. No entanto, essa escolha deve ser feita com extrema cautela. A guerra não é uma aventura. É um ambiente de destruição, dor e perdas irreparáveis.

Para os brasileiros que cogitam essa decisão, é essencial pesar os prós e contras, analisar o impacto emocional e físico, e considerar alternativas dentro do próprio país. As carreiras nas forças militares e policiais brasileiras podem representar uma solução para quem busca disciplina, coragem e desafios, sem necessariamente cruzar fronteiras e arriscar tudo em uma guerra que não é sua

Ver Comentários

Artigos recentes

  • Arraias artificiais com IA: China testa enxame de drones com tecnologia subaquática inspirada em arraias-manta, capazes de espionar submarinos nas profundezas oceânicas de forma silenciosa, adaptável e quase invisível 22/05/2025
  • “Não são sociedade civil”: Delegado federal explica que Forças Armadas têm amparo legal para atuar contra o crime organizado no Rio de Janeiro 22/05/2025
  • Comandante 4 estrelas dos EUA desembarca no Brasil com missão sigilosa contra o narcotráfico na tríplice fronteira e se reúne com generais do Exército, Marinha e FAB 22/05/2025
  • Engenharia de guerra, desempenho de elite: IME lidera ENADE e escancara abismo com universidades civis 22/05/2025
  • FAB, Exército e Marinha se preparam para cenários de catástrofe invisível: Forças Armadas realizam exercícios estratégicos de evacuação diante de desastres nucleares e biológicos 22/05/2025
  • Militares sob ataque no Essequibo: Guiana denuncia ataques a soldados na fronteira da Venezuela e Exército Brasileiro entra em estado de alerta máximo com possível conflito regional 22/05/2025
  • Força Aérea Brasileira reforça atuação no Sudeste com a Base Aérea do Galeão, transporte de tropas, reabastecimento em voo, ações humanitárias e manutenção de aeronaves como o KC-390 e o A330 21/05/2025
  • O que cai na prova da Polícia Federal 2025? Veja o conteúdo por cargo e prepare-se! 21/05/2025
  • “Sou militar e não aguento mais…” – o desabafo de um aluno da ESA – A discussão sobre salário, saúde e carreira nas Forças Armadas 21/05/2025
  • Porta-aviões do céu? China exibe aeronave que lança 100 drones e desafia a lógica militar; a nova “nave-mãe” chinesa 21/05/2025
  • Sobre nós
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade e Cookies
- Informações sobre artigos, denúncias, e erros: WhatsApp 21 96455 7653 não atendemos ligação.(Só whatsapp / texto) - Contato comercial/publicidade/urgências: 21 98106 2723 e [email protected]
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Conteúdo Membros
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Concursos e Cursos
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Gente e Cultura
  • Autores
    • Editor / Robson
    • JB REIS
    • Jefferson
    • Raquel D´Ornellas
    • Rafael Cavacchini
    • Anna Munhoz
    • Campos
    • Sérvulo Pimentel
    • Noel Budeguer
    • Rodrigues
    • Colaboradores
  • Sobre nós
  • Anuncie
  • Contato
  • Entrar

Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.