Militares do Exército dos Estados Unidos já estão atuando nas regiões de fronteira. Segundo explica a ordem dada pelo Departamento de Defesa, a fronteira Sul dos EUA está em risco. A ordem vem em decorrência de um memorando presidencial, onde Donald Trump diz que os Estados Unidos estão sujeitos a ataques na fronteira.
Tropas do Exército dos Estados Unidos já estão operando diretamente em áreas estratégicas da fronteira sul com o México. O memorando presidencial confere ao Departamento de Defesa (DoD) jurisdição sobre terrenos federais específicos ao longo da divisa internacional, com o objetivo de ampliar a capacidade de resposta diante de ameaças transfronteiriças.
“Como Chefe do Executivo e Comandante em Chefe, a Constituição dos Estados Unidos me autoriza a direcionar os vários elementos do poder executivo para proteger nossa pátria e garantir a integridade territorial e a soberania dos Estados Unidos da maneira que eu considerar mais eficiente e eficaz, consistente com a lei aplicável. Nossa fronteira sul está sob ataque de uma variedade de ameaças. A complexidade da situação atual exige que nossas forças armadas assumam um papel mais direto na segurança de nossa fronteira sul do que no passado recente. “
Decisão de Donald Trump
A decisão foi formalizada pelo presidente Donald J. Trump, que classificou a situação na fronteira como uma emergência de segurança nacional. “Nossa fronteira sul está sob ataque de uma série de ameaças. A complexidade da situação atual exige que nossas forças armadas assumam um papel mais direto na segurança de nossa fronteira do que no passado recente”, afirmou o mandatário no documento oficial.
Com a medida, cerca de 430 quilômetros quadrados de terras federais localizadas no estado do Novo México — excluindo-se áreas indígenas — passam à administração direta do Departamento de Defesa. A área será tratada como uma extensão de Fort Huachuca, no Arizona, e contará com perímetro e acesso controlados pelas Forças Armadas, em regime semelhante ao de outras instalações militares em território nacional.
A operação está sob responsabilidade do Comando Norte dos EUA (Northcom), que já iniciou os preparativos logísticos e de pessoal para as novas atribuições. “As forças responsáveis pela segurança da área de defesa nacional realizarão todo o treinamento necessário para desempenhar as tarefas atribuídas com eficácia”, destacou o coronel Kelly Frushour, diretor de relações públicas do Northcom e oficial do Corpo de Fuzileiros Navais.
Novos poderes para os militares na fronteira
Com a ampliação de sua autoridade, os militares passam a atuar de maneira mais incisiva na contenção de diversas atividades ilegais. Entre as ações previstas estão a construção de barreiras temporárias, patrulhamento terrestre e aéreo, detecção de rotas clandestinas e apreensão de indivíduos que cruzarem ilegalmente o perímetro delimitado. Os detidos serão entregues às autoridades civis ou federais competentes.
As tropas também trabalharão em conjunto com agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) na implementação do novo perímetro de segurança. A meta é conter a migração irregular em larga escala, o tráfico de drogas, o contrabando de migrantes e outras atividades criminosas transfronteiriças.
Revista Sociedade Militar – Dados de Army.mil e whitehouse.gov