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A debandada da FAB continua: Força Aérea Brasileira perde mais pilotos para a aviação civil, dessa vez com a LATAM sendo o maior epicentro do ‘roubo’ de aviadores.

A saída crescente de pilotos da FAB para a aviação civil tem se tornado um reflexo de uma mudança de mentalidade entre os aviadores, que buscam novas oportunidades e condições de trabalho melhores, enquanto a Força Aérea tenta reter seus talentos.

por Alisson Ficher
08/05/2025
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Nos últimos meses, a Força Aérea Brasileira (FAB) tem observado uma constante migração de seus pilotos para a aviação civil.

A LATAM, uma das maiores companhias aéreas do Brasil, tem sido uma das principais destinatárias desses profissionais, que buscam novas oportunidades e melhores condições de trabalho.

Esse fenômeno tem se repetido de maneira crescente, afetando a disponibilidade de aviadores na FAB e gerando preocupações dentro da Força Aérea.

Novos pilotos deixam a FAB para a LATAM

De acordo com matéria publicada pelo portal ”AEROIN”, recentemente uma nova turma de pilotos militares pediu baixa da FAB para ingressar na LATAM.

O grupo é composto por oito aviadores, que iniciaram o treinamento para atuar como copilotos nas aeronaves Airbus A319, A320 e A321.

Desses, apenas um tem experiência na aviação de caça, com a maioria vindo da aviação de transporte.

Essa saída é mais um reflexo da migração crescente de profissionais qualificados da aviação militar para a civil.

Motivos da migração: salários e qualidade de vida

Os motivos para essa migração são bem definidos.

A qualidade de vida oferecida pelas companhias aéreas civis, como a LATAM, tem se mostrado mais vantajosa em comparação com a rotina da FAB.

A aviação civil proporciona mais estabilidade, com menos relocação e uma carga de trabalho mais previsível.

Esses fatores têm atraído muitos aviadores que buscam uma vida mais tranquila, especialmente aqueles com famílias, que enfrentam as dificuldades das mudanças constantes de cidade.

Além disso, a remuneração na aviação comercial é significativamente mais alta, com os salários podendo ser quase o dobro do que os pilotos recebem na FAB.

A oportunidade de voar mais horas e manter uma rotina menos imprevisível também contribui para a atratividade das companhias aéreas, que oferecem mais segurança no longo prazo.

A carreira militar na FAB: desafios e limitações

Embora a carreira militar na FAB ofereça benefícios como estabilidade e aposentadoria integral, as oportunidades de progressão são limitadas para aqueles que buscam continuar voando.

A única maneira de avançar na carreira sem deixar a posição de piloto seria migrar para o Grupo de Transporte Especial (GTE), uma unidade responsável pelo transporte de autoridades governamentais e do Presidente da República.

No entanto, essa opção não é atraente para todos os aviadores.

A transferência para Brasília, além de envolver um custo de vida mais elevado, também exige mais mudanças na vida pessoal, algo que muitos pilotos da FAB preferem evitar.

A rotina no GTE, com missões de transporte de figuras políticas, é menos operacional e mais ligada à política, o que desmotiva ainda mais os aviadores que desejam manter um foco mais técnico e prático.

O estigma do GTE e a proximidade com a política

Trabalhar no GTE envolve o transporte constante de autoridades, o que, em tempos de polarização política, tem gerado desconforto entre os aviadores.

O contato diário com figuras políticas, muitas vezes envolvidas em polêmicas e escândalos, tem feito com que muitos pilotos evitem discutir suas funções dentro da FAB.

Além disso, a associação com a política tem trazido um certo estigma, visto que ser vinculado à política nem sempre é bem visto pela sociedade.

A perda de pilotos e o impacto para a FAB

A recente saída de oito aviadores representa um impacto significativo para a FAB, que já perdeu 14 pilotos em menos de seis meses.

Este número é suficiente para afetar a capacidade operacional da Força Aérea, principalmente se todos esses pilotos fossem de uma mesma unidade, o que não ocorreu.

A perda de profissionais experientes enfraquece ainda mais a estrutura da aviação militar, que já enfrenta dificuldades para manter seu efetivo completo.

Essa escassez de pilotos qualificados compromete a capacitação operacional da FAB, gerando um aumento nos custos de formação de novos aviadores, que exige tempo e recursos consideráveis.

Ao perder esses profissionais, a Força Aérea fica mais dependente da formação de novos cadetes, o que pode não ser suficiente para suprir a falta de pilotos experientes.

A concorrência com a aviação civil

À medida que o setor de aviação civil se expande, as companhias aéreas se tornam cada vez mais atrativas para os aviadores militares.

O mercado oferece salários mais altos, melhores condições de trabalho e uma maior qualidade de vida, fatores que fazem a aviação comercial ser uma opção mais vantajosa do que a carreira militar.

As companhias aéreas, como a LATAM, estão cada vez mais competindo com a FAB para atrair esses profissionais qualificados.

O ritmo de trabalho mais estável e o maior número de horas voadas são apenas alguns dos benefícios que seduzem os pilotos, que não hesitam em trocar a aviação militar por um futuro mais previsível e financeiramente mais recompensador.

Desafios para a FAB no futuro

A perda constante de aviadores para a aviação civil representa um desafio crescente para a Força Aérea Brasileira.

Para que a FAB consiga manter sua força operacional, será necessário repensar suas estratégias de retenção de pilotos.

Se as condições de trabalho e os salários não forem ajustados, é possível que o fluxo de migração para as companhias aéreas continue a aumentar.

A sustentabilidade da aviação militar no Brasil depende da capacidade da FAB de oferecer aos seus profissionais condições de trabalho mais competitivas.

Sem isso, a tendência é que mais aviadores decidam seguir o caminho das empresas aéreas civis, enfraquecendo cada vez mais a capacidade da Força Aérea.

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