Em menos de dois minutos, militares ucranianos conseguiram interceptar todos os mísseis lançados pela Rússia, usando o sistema NASAMS.
A impressionante operação revelou não apenas a eficiência do sistema de defesa aérea ocidental, mas também o alto nível de preparo das tropas ucranianas.
Enquanto os olhos do mundo continuam voltados para os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, um feito inédito realizado no fim de abril de 2025 atraiu atenção especial de especialistas em defesa e tecnologia militar.
Segundo informações do portal ”Forças Terrestres”, uma unidade de defesa aérea da Ucrânia conseguiu interceptar e destruir, em tempo recorde, 11 mísseis de cruzeiro russos que se aproximavam de território ucraniano.
A operação aconteceu em meio a mais um ataque massivo promovido pelas forças russas e, segundo relatos oficiais, foi concluída em menos de dois minutos.
Sistema NASAMS demonstra poder impressionante
O feito histórico foi protagonizado por operadores ucranianos do sistema NASAMS (Norwegian Advanced Surface to Air Missile System), desenvolvido pela norueguesa Kongsberg em parceria com a norte-americana Raytheon.
Este sistema de defesa aérea de curto e médio alcance foi projetado para abater alvos aéreos com grande precisão, utilizando mísseis AIM-120 AMRAAM, os mesmos empregados por caças da OTAN.
Cada lançador do NASAMS é composto por seis células de disparo e funciona em sincronia com radares de vigilância e centros de comando móveis.
Isso permite que os operadores identifiquem, rastreiem e neutralizem múltiplos alvos simultaneamente, mesmo em cenários de ataque em massa como o ocorrido em abril.
Os 11 mísseis russos foram abatidos antes que qualquer um deles alcançasse seus alvos, demonstrando uma eficiência operacional considerada inédita.
O sucesso do NASAMS não foi apenas técnico: teve um forte impacto psicológico, tanto internamente, elevando o moral das tropas, quanto externamente, forçando o Kremlin a reconsiderar suas estratégias de ataque aéreo.
Um feito sob comando experiente
A operação foi conduzida por uma divisão da Força Aérea da Ucrânia liderada pelo Tenente-Coronel Kyrylo Peretyatko, já reconhecido como Herói da Ucrânia por sua atuação em combates anteriores.
Peretyatko afirmou, em um vídeo divulgado pelas redes oficiais da Força Aérea, que a velocidade de recarga e engajamento provavelmente bateu recordes internacionais.
Segundo o militar, a equipe ucraniana teria superado todos os padrões anteriores de tempo de resposta, inclusive de países da OTAN.
“Provavelmente quebramos todos os recordes de outros países para velocidade de recarga, e estamos prontos para repetir constantemente enquanto tivermos mísseis”, declarou.
Ainda segundo Peretyatko, sua divisão já foi responsável por abater mais de 150 alvos aéreos russos, a maioria composta por mísseis de cruzeiro e drones kamikaze.
Ajuda internacional reforçada pela eficiência
O NASAMS foi entregue à Ucrânia pela primeira vez no outono europeu de 2022, como parte dos pacotes de ajuda militar ocidental após a intensificação da guerra.
Desde então, o sistema vem demonstrando seu valor no campo de batalha, mas nunca com a magnitude observada na operação de abril.
De acordo com analistas do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), a ação deve influenciar futuras decisões de envio de equipamentos à Ucrânia por parte da OTAN e dos Estados Unidos.
O desempenho impecável do sistema NASAMS poderá acelerar o envio de novos lotes de armas semelhantes, incluindo baterias adicionais e munições de reposição, além de abrir espaço para a introdução de novos sistemas mais avançados, como o Patriot ou o IRIS-T.
Rumo a uma nova era da defesa aérea
O sucesso da Ucrânia ao repelir o ataque com tal eficácia pode significar um novo capítulo na guerra moderna.
As forças armadas do país têm demonstrado uma surpreendente capacidade de adaptação a tecnologias ocidentais, integrando novos sistemas rapidamente e maximizando seu potencial operacional.
Além disso, o treinamento contínuo das equipes ucranianas tem se mostrado um diferencial importante no uso desses equipamentos com precisão milimétrica.
Enquanto Moscou intensifica seus ataques com mísseis supersônicos e drones de longo alcance, a Ucrânia responde com resiliência tecnológica e coordenação precisa, transformando-se em um laboratório vivo da guerra do século XXI.
Com este novo recorde operacional, a Ucrânia envia uma mensagem clara: está preparada para enfrentar ataques coordenados em larga escala, e continuará a aprimorar sua defesa com base na tecnologia de ponta fornecida por aliados.