Comerciantes culpam exército pelo Prejuízo. “vendas reduziram em 70%”. A Operação Ágata, que combate crimes de fronteira no Brasil, tem causado reflexos inesperados no comércio em Quaraí, na Fronteira do Rio Grande do Sul. “As vendas já reduziram 70%. E o desemprego pode aumentar, no momento está na faixa dos 40%, mas deve subir ainda mais”, segundo alerta o secretário municipal do Trabalho e Relações Institucionais da cidade, Marco Vieira.
A cidade, que tem pouco mais de 20 mil habitantes, recebeu reforço na segurança para a operação Ágata. Os comerciantes locais alegam que as vendas caíram com a presença do exército no município porque os clientes uruguaios se sentem intimidados. “Dependemos dos uruguaios para manter o negócio. Nos prejudicou bastante”, comenta o lojista Nidal Ramhi. As fiscalizações da Ágata ocorrem em locais diferentes pontos. São cerca de 500 profissionais envolvidos nas abordagens. Um dos locais mais questionados pelos trabalhadores brasileiros é a cabeceira da ponte que liga o município a Artigas, no Uruguai, exactamente a porta de entrada dos clientes estrangeiros no país. O 5º Regimento de Cavalaria Mecanizada de Quaraí defende que as fiscalizações seguem um mesmo padrão em todas as regiões de fronteira do Brasil. “Nosso objetivo é garantir a segurança e permitir o livre trânsito de quem estiver em situação legal”, resume o tenente-coronel Ilki Amaro Junior. Somente no município, já foram realizadas cerca de 2,5 mil abordagens. No país, de acordo com dados do governo federal, a operação já apreendeu mais de 6 toneladas de drogas e 8 toneladas de explosivos. Não há previsão de encerramento das atividades, segundo informou o Exército. Dados de g1.com https://sociedademilitar.com.br |