MILITARES ACUSADOS são ouvidos pela Comissão da Verdade. Viúva de militar pede perdão em nome do marido
MILITARES ACUSADOS são ouvidos pela Comissão da Verdade. Viúva de militar pede perdão em nome do marido.
“O tenente Garcez foi quem me deu ordens para que eu retirasse a minha roupa. Fui colocado nu …”.
Ressaltamos as declarações do Presidente da Comissão carioca, divulgados no R7 hoje (03/10/2013): Caso o Ministério Público entenda que há elementos suficientes, tomará providências para denunciá-los".
Lembramos novamente que ja se disse que as "comissões da verdade" não têm intenção de judicializar a questão. Será que isso é uma inverdade. Ao que parece a intenção, além de reescrever a história, é PUNIR alguém.
A Comissão da Verdade do Rio, formada por advogados e ex-presos políticos, ouviu nesta quarta-feira, dia 2, alguns militares acusados de participar de sessões de tortura durante o período em que os militares governavam o Brasil.{jcomments on}
Álvaro Caldas, ex-preso político, declarou: “O tenente Garcez foi quem me deu ordens para que eu retirasse a minha roupa. Fui colocado nu em uma cela e fui submetido a torturas”, disse Álvaro Caldas.
O acusado, tenente Garcez, se manteve calado. Para mais de 30 perguntas sobre a morte do preso político Mário Alves, em 1970, a mesma resposta: “nada a declarar”.
Outro depoimento considerado importante pela Comissão da Verdade foi o da viúva de Amilcar Lobo, médico militar que atendia presos políticos. O mesmo serviu no Doi-Codi.
A esposa do militar falecido foi a única que respondeu às perguntas da comissão. Maria Helena Souza disse que estava ali para cumprir um apelo feito pelo marido pouco antes de morrer: pedir desculpas aos que foram torturados com permissão dele, como Cid Benjamin. Segundo o depoimento o militar se sentia culpado por participar indiretamente, pois como psiquiatra atestava se os presos poderiam permanecer ou não no Doi-CoDi. Maria Helena também declarou que o esposa lidava com ameaças contra sua família. Para ela os militares tinham uma "sensação de impunidade" por achar que estavam livrando o país do comunismo, acreditavam que nunca seriam punidos por eventuais crimes cometidos.
Maria Helena contou que o marido também carregava o trauma de ter assistido a um assassinato, o preso foi morto com um tiro na testa por estar sofrendo de um disturbio mental.
“Me perdoe. É importante que a gente diga de peito aberto o quanto erramos e que pudemos mudar”, declarou Maria Helena Souza, viúva de Amilcar Lobo.
https://sociedademilitar.com.br
Dados de O globo e Uol Notícias. Fotografia de UOL
vEJA O Artigo Relacionado – Militares serão julgados em menos de quatro anos.