Marinha: “Menos comida para alguns! Pensando que é Disney?”. Denúncias de Abusos psicológicos na Escola Naval
Escola naval é alvo de denuncias de candidatos que desistiram da carreira ainda na fase de adaptação.
Após serem aprovados os candidatos do concurso para escola naval da Marinha passam por um período de adaptação que é eliminatório caso o candidato se ausente da instituição, não compareça ou incorra em uma infração que gere uma penalidade grave.
Nas últimas semanas pelo menos dois ou três alunos desistiram e denunciaram a Marinha do Brasil a partir de boletim de ocorrência. Alegam torturas e perseguição durante a primeira semana do curso. Segundo os desistentes, menos comida foram dadas a alguns por questão de peso e as sessões de exercícios físicos eram diferentes para alguns.
Um dos desistentes relatou que distinções eram feitas avaliando o peso dos alunos. Esses eram direcionados a mesas diferentes onde comiam menos que os outros colegas.
Um dos desistentes alegou sofre ameaças de ser expulso. Segundo declaração dele seu superior falava as seguintes frases:
“Ele falava declaradamente. Ele me chamava, às vezes, sozinho, e ele ficava falando: ‘Eu tenho o aval para fazer o que for necessário. Eu vou te tirar daqui nem que me custe a minha carreira”.
O candidato de 20 anos que já havia se formado no Colégio Naval da Marinha ainda disse:
“Eu sofri diversos tipos de tortura. Tinha que fazer mais cangurus que todo mundo, era obrigado a ficar horas e horas na posição de canguru. Fui submetido a uma carga de exercício físico absurda, muito mais que os demais. Fora que eu fui chamado de marginal, de bandido, de delinquente”.
O outro aluno que também desistiu afirma que nunca mais irá colocar uma farda e que depositou sua confiança nas pessoas daquela instituição e se decepcionou ao descobrir que o que é divulgado não é comprido.
Em resposta a Marinha do Brasil afirmou:
” A preparação física serve para que os candidatos a aspirantes estejam aptos a cursar o primeiro ano, e não existe diferença de tratamento entre eles. O processo possui saúde e adequada qualificação de futuros oficiais, e os exercícios físicos são sempre acompanhados por uma UTI móvel e por uma equipe multidisciplinar com militares que são médicos, enfermeiros, terapeutas e psicólogos”
Nas redes sociais algumas pessoas se manifestaram sobre o assunto.
“… o cara estuda tanto pra isso, pra sair na adaptação, eu não sairia nem na força do ódio…”
“os caras tão pensando que é a Disney… ”
Ouvido, militar da marinha disse que: “não tenho como dizer o que ocorreu por lá, mas é fato que desde o ingresso nas academias e centros de formação o militar está sendo testado. O militar tem que ter resistência suficiente para aguentar a pressão, são homens e mulheres que terão direito a portar armas e alguns, com o crescimento na carreira poderão manusear armas com poder de fogo para destruir cidades inteiras. Imagine deixar que uma pessoa que não resiste a pressões mínimas permanecer em uma academia militar… é coisa pra pensar!”
Nota da marinha do Brasil, G1 e redes sociais
Revista Sociedade Militar