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Conflito entre Rússia e Ucrânia esta impactando a Base Industrial de Defesa do Brasil

por Sérvulo Pimentel
01/05/2023
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O conflito entre Rússia e Ucrânia tem afetado diversos países ao redor do mundo. Os EUA e seus aliados têm feito pressão para que outras nações apoiem a Ucrânia. No caso do Brasil, o conflito impacta a Base Industrial de Defesa (BID), que é responsável por 5% do PIB do país, segundo o Ministro da Defesa José Múcio. Em março de 2023, a Alemanha vetou a venda de blindados Guarani para as Filipinas após o Presidente Lula negar a venda de munição para a Ucrânia. É o que informa a revista Boletim GeoCorrente.

Consequências da negativa de Lula

A negativa do presidente Lula em enviar munição à Ucrânia pode afetar a relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos, que pressionou os demais atores internacionais a apoiarem a Ucrânia. Essa situação pode prejudicar a venda de equipamentos e tecnologias militares brasileiras para os EUA e seus aliados, podendo afetar a Base Industrial de Defesa (BID) brasileira.

Além disso, o veto da Alemanha à venda de blindados Guarani às Filipinas pode sinalizar um possível aumento da concorrência entre as empresas de defesa nacional e internacional, tornando mais difícil para a indústria de defesa brasileira competir no mercado global. Esse cenário pode exigir um aumento nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento para tornar os equipamentos e tecnologias militares brasileiras mais competitivas.

Agora, pensemos sob outra perspectiva: essa situação também pode incentivar a BID a buscar novos mercados para seus produtos, como países que não estão envolvidos no conflito russo-ucraniano. Isto pode contribuir para a diversificação da base de clientes da indústria de defesa brasileira.

Posição do Brasil no mercado internacional de Defesa

O Brasil possui uma posição destacada no mercado internacional de Defesa, oferecendo produtos comprovadamente eficazes em campo de batalha, como o Sistema de Foguetes de Artilharia para Saturação de Área (ASTROS) e a aeronave turboélice Embraer EMB-314 Super Tucano. O blindado Guarani também tem sido exportado para países como Argentina e Líbano, além de ter contratos milionários encomendados por Gana e Filipinas. No entanto, certos componentes desse veículo requerem a permissão de outros países para sua venda, como o caso da Alemanha.

Com seu poder de veto, a Alemanha impediu a venda dos blindados aos filipinos como forma de retaliação à recusa brasileira em exportar munição às Forças Armadas ucranianas. Diante disso, o Brasil anunciou que irá desenvolver a capacidade de produzir componentes equivalentes aos alemães em território nacional, fortalecendo assim sua capacidade de produção de blindados.

A decisão da Alemanha em vetar a venda de blindados Guarani às Filipinas como retaliação à recusa brasileira em exportar munição às Forças Armadas ucranianas teve um impacto significativo no setor de defesa brasileiro. Essa situação destacou a vulnerabilidade do Brasil em relação à dependência de componentes estrangeiros para a produção de equipamentos militares.

Diante desse veto, o Brasil atendeu a necessidade de fortalecer sua capacidade de produção de componentes equivalentes aos alemães em território nacional. Essa decisão visa aumentar a autonomia da indústria de defesa brasileira e reduzir a exposição a possíveis restrições ou retaliações de outros países.

Quais vantagens o Brasil pode tirar dessa situação?

O desenvolvimento da capacidade de produção de componentes equivalentes não apenas diminuiria a dependência externa, mas também apoiaria a pesquisa e o desenvolvimento no setor de defesa. Isso permitiria ao Brasil adquirir conhecimento e tecnologia, fortalecendo sua base industrial e tornando-se mais competitivo no mercado global de defesa.

Além disso, a busca pela produção nacional de componentes pode resultar em parcerias estratégicas com outras nações que tenham experiência nesse campo, para acelerar o desenvolvimento e garantir a qualidade dos produtos.

Essa iniciativa de desenvolver a capacidade de produção de componentes equivalentes aos alemães em território nacional demonstra a liderança do Brasil em fortalecer sua indústria de defesa, garantir sua autonomia tecnológica e enfrentar os desafios impostos pelas restrições internacionais.

Além disso, essa decisão pode fornecer ao país uma maior segurança nas vendas internacionais, uma vez que não dependeria da aprovação de investidores que não estejam diretamente envolvidos na negociação. O governo brasileiro reconhece a importância da Base Industrial de Defesa (BID), especialmente no que diz respeito à geração de empregos, desenvolvimento nacional e tecnológico.

Posição do Brasil ante o conflito russo-ucraniano e suas consequências

Observa-se, portanto, que a neutralidade do Brasil no conflito ucraniano afeta esse setor a curto prazo, uma vez que as vendas estão sendo embargadas. No entanto, em médio e longo prazo, essa situação pode estimular o desenvolvimento de tecnologias autônomas e a qualificação profissional de brasileiros para ocupar empregos altamente qualificados em território nacional.

Desse modo, o conflito tem uma influência indireta no desenvolvimento de tecnologias nacionais para o mercado de defesa e pode, no futuro, proporcionar uma maior independência à BID brasileira em relação às potências estrangeiras. A resistência imposta pela Alemanha destaca uma proteção da indústria nacional, mas pode motivar a expansão do segmento de defesa na economia brasileira.

Fonte: Boletim Geocorrente

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