Um grupo ativista pró-Palestina e anti-Israel do Reino Unido afirmou nesta sexta-feira que um de seus ativistas “arruinou” um retrato em exposição de Arthur Balfour. Balfour foi um político britânico cuja declaração, feita à época, ajudou a levar à criação do Estado de Israel.
A polícia disse que recebeu uma denúncia de danos criminais a uma pintura na Universidade de Cambridge, no leste da Inglaterra. No entanto, não deu informações se alguém foi preso.
O Grupo Ação Palestina disse ter sido o responsável por danificar a pintura do estadista, datada do ano de 1914. Posteriormente, o grupo postou um vídeo de uma ativista borrifando a obra de arte com tinta vermelha e depois cortando a superfície da pintura.
Grupo se justifica
O post do grupo acusava Balfour de iniciar “a limpeza étnica da Palestina – o que os britânicos nunca tiveram o direito de fazer”.
Estamos buscando a marca de 10 mil seguidores no INSTAGRAM da Revista Sociedade Militar, clique abaixo para seguir
Clique aqui para seguirA Declaração Balfour foi uma carta de 67 palavras escrita em 1917 pelo então secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha a Lionel Rothschild, um proeminente sionista britânico, apoiando a criação de uma pátria judaica na Palestina.
O documento é creditado por ter ajudado a estimular a criação de Israel em 1948 com o aval das Nações Unidas para dividir a Palestina, sob Mandato Britânico, entre judeus e árabes. Na ocasião, o plano foi aceito pelos judeus, mas rejeitado pelos árabes. Posteriormente, várias nações árabes invadiram o recém criado estado de Israel.
O grupo Ação Palestina protesta contra a atual guerra na Faixa de Gaza. A guerra eclodiu após terroristas do Hamas atravessarem a fronteira de Gaza, no dia 7 de Outubro de 2023. A ação do grupo terrorista matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria delas civis. Além disso, o grupo levou outras 253 pessoas como reféns.
Em resposta, Israel decidiu destruir o Hamas, que governa Gaza. O Hamas afirma que 30 mil pessoas morreram em Gaza desde 7 de outubro. Apesar de se tratar de um número não verificável, de acordo com Israel, mais de 13 mil membros do Hamas e de outros grupos terroristas morreram nos confrontos.