Em 17 de abril, respondendo à um convocação da Câmara dos Deputados, para participar de evento na CREDN (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional), o comandante do Exército, general Tomás Miné Ribeiro Paiva emitiu suas opiniões sobre uso de recursos públicos.
O general enalteceu a administração de recursos feita pela Força que ele comanda, ao colocar na mesma balança quartéis e universidades federais.
“Hoje, a gente gasta nos quarteis para alimentar a nossa tropa R$ 11,65 por dia. Não é nada. Por homem, por dia, todas as refeições. Eu convido os senhores a entrar em qualquer quartel. Vai ao norte de Minas Gerais, Montes Claros; entra em um quartel no meio da selva”, foi o convite com ar de desafio feito pelo general.
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Clique aqui para seguir“Grama cortada, quartel limpo, arrumado. Vamos entrar em uma universidade qualquer para ver como está, em termos de manutenção, e ver quanto se gasta para manter um quartel e quanto se gasta para manter uma universidade”, completou.
Segundo o militar, é razoável comparar os gastos para a manutenção de quarteis (limpeza, corte de grama, etc.) com o investimento que é feito nas universidades federais.
A comparação feita pelo general Tomás não parece casual. Quase 300 campi de institutos federais estão sem aula. Ao menos 51 universidades e 79 institutos federais estão em greve no Brasil por reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro, segundo levantamento feito pelo site g1.
A paralisação começou na segunda-feira (15), com exigências dos docentes por um reajuste salarial de 22% dividido em parcelas até 2026.
Como evidenciado pelo jornal Folha de São Paulo, as Forças Armadas gastaram 85% de seu orçamento de 2023 com o pagamento de pessoal, percentual impulsionado pelas despesas crescentes com militares da ativa, inativos e pensionistas.