Em nota à imprensa divulgada na última segunda-feira, 6 de maio o governo brasileiro condenou o início de operações das forças armadas de Israel contra a cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza
Rafah se tornou o foco central da guerra de Israel em Gaza, devido à pressão crescente da ala extrema em torno do ministro israelense Benjamin Netanyahu, que deseja uma operação terrestre em larga escala na cidade.
Em 7 meses, estima-se que mais de 1 milhão de palestinos fugiram para Rafah, após destruição de grande parte do norte da Faixa por Israel.
Segundo a nota publicada pelo Itamaraty, ao optar com essa ação militar, o governo isralenese deliberadamente intensifica o conflito em área sabidamente de alta concentração da população civil de Gaza.
“Mostra, novamente, descaso pela observância aos princípios básicos dos direitos humanos e do direito humanitário, a despeito dos apelos da comunidade internacional, inclusive de seus aliados mais próximos“.
O Brasil afirma também que a operação pode comprometer esforços de mediação e diálogo em curso e pediu às instâncias de governança global, especial o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que superem “a indiferença e o imobilismo que têm permitido o aprofundamento da catástrofe humanitária na Faixa de Gaza“.
No final da nota, o Itamaraty também pede a interrupção imediata da violência, o engajamento em conversas que propiciem o cessar-fogo e libertação de reféns e reafirma seu compromisso em buscar solução do conflito por meio da criação do Estado da Palestina, com base nas fronteiras de 1967, considerada a única forma de propiciar a paz na região e no Oriente Médio.
EUA interrompe envio de armas para Israel
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, confirmou que o país suspendeu o envio de um carregamento de munições de alta capacidade após Israel avançar sobre Rafah.
De acordo com Austin, a preocupação é de que haja um possível ataque de grande escala e destacou a importância de proteger civis na área de combate.