Na última sexta-feira, 7 de junho, o Comandante do Exército Brasileiro, General Tomás Paiva, concedeu uma entrevista ao Estadão e, entre outros assuntos, relacionados à instituição e ao cenário geopolítico atual, o militar destacou a viagem oficial que fará à China no próximo mês.
Paiva explicou que a viagem à China foi planejada em conjunto com o Estado-Maior do Exército. O objetivo seria fortalecer a cooperação militar e tecnológica entre Brasil e China. Ele esclareceu que a viagem faz parte de um plano anual, elaborado no início do ano pelo Estado-Maior do Exército, que inclui quatro viagens internacionais.
“O contexto da viagem à China é um contexto que é planejado no começo do ano com o Estado-Maior do Exército, que tem a incumbência de tratar das relações internacionais que a gente tem, e temos selecionado quatro viagens internacionais por ano”, disse.
O General enfatizou a importância da China como parceiro comercial do Brasil. Ele destacou que a relação entre os dois países é baseada no pragmatismo e no respeito mútuo, princípios que também são refletidos em seu discurso.
“A gente sempre foi pragmático. O nosso interesse é nessas áreas que eu te falei, acadêmico, que eles são muito fortes de doutrina, interesse de ciência e tecnologia”, afirmou Paiva.
Quando questionado sobre o impacto da viagem à China nas relações com os Estados Unidos, Paiva expressou confiança de que não haverá prejuízos. Ele ressaltou que o Brasil mantém relações diplomáticas sólidas com ambos os países e que a cooperação com a China não prejudica as relações com outras nações.
“Eu não acredito que vá nos prejudicar. Primeiro, porque a gente tem um intercâmbio comercial muito grande com a China […] Eu não acredito que a gente possa se permitir, se deixar levar por polarização ideológica, porque não existe isso em relações internacionais, enfatizou o general”, concluiu o general.