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O Exército Brasileiro apresenta cinco soluções para encerrar uma disputa territorial por quase 3 mil km² que pode redesenhar o mapa do Brasil e mudar fronteiras históricas

A disputa por um território de 2.821 km² entre Ceará e Piauí ainda não foi resolvida. Conheça a história, os documentos-chave e as implicações atuais deste conflito territorial

por Noel Budeguer
09/04/2025
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Um vizinho está reivindicando um território de 2.821 km² e 13 municípios, quase o dobro da cidade de São Paulo! Entenda a questão da divisa: um conflito de séculos entre os estados Ceará e Piauí que não está nem perto de terminar! A disputa territorial entre Ceará e Piauí remonta ao início do século XVI e persiste até os dias atuais, envolvendo litígios históricos e legais. O caso, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2011, abrange uma área de 2.821 km², afetando diretamente 13 municípios.

A reivindicação do Piauí baseia-se em interpretações de documentos antigos, como o Decreto Imperial de 1880 e o Convênio Arbitral de 1920. Entretanto, o Ceará defende a manutenção das fronteiras estabelecidas há mais de um século, conforme relatado pela TV Ceará.

A origem do litígio: decreto imperial de 1880

O Decreto Imperial de 1880 é um documento central na disputa. Este decreto estabeleceu uma troca de territórios entre os estados, cedendo uma faixa litorânea do Piauí ao Ceará. As antigas delimitações incluíam a Serra da Ibiapaba dentro dos limites cearenses, algo contestado atualmente pelo Piauí. O estado argumenta que a interpretação deste decreto permite a anexação da Serra da Ibiapaba, enquanto o Ceará defende que a demarcação é clara e definitiva. “Para o Ceará, o decreto de 1880 é cristalino como água: a Serra da Ibiapaba é nossa!”, afirmam os defensores cearenses.

O convênio arbitral de 1920: um acordo não ratificado

Outro ponto crucial no litígio é o Convênio Arbitral de 1920, que propunha uma alteração na divisa entre os estados, passando a Serra da Ibiapaba para o controle do Piauí. No entanto, esse convênio nunca foi aprovado pelo legislativo do Ceará, o que, segundo o estado, invalida qualquer reivindicação baseada neste documento. “O Piauí tenta se agarrar a um acordo que nunca foi oficializado. É como tentar comprar uma casa sem assinar o contrato!”, dizem os cearenses. Este ponto prolonga o conflito e cria um impasse jurídico.

Raízes históricas: a posse da Serra da Ibiapaba

A Serra da Ibiapaba, foco central dessa disputa, é reivindicada pelo Ceará com base em documentos históricos que remontam ao século XVIII. Um documento de 1720 comprova a posse da serra pelos cearenses desde a época dos jesuítas, fortalecendo a argumentação do estado contra as tentativas de anexação pelo Piauí. Os cearenses destacam que essa região tem sido parte do Ceará por séculos e que a continuidade histórica deve ser respeitada. “Não é só uma questão de território, é uma questão de identidade e história!”, argumentam.

Em junho de 2024, o Exército Brasileiro apresentou um laudo pericial ao STF, propondo cinco possíveis soluções para resolver o litígio:

  1. Anexar toda a Serra da Ibiapaba ao Piauí: Isso implicaria que o Ceará cederia uma área de 6.162 km², incluindo três municípios completos, sete sedes municipais e 36 distritos atualmente administrados pelo Ceará.
  2. Divisão equitativa das áreas em disputa: Uma linha seria traçada no centro das áreas em litígio, atribuindo aproximadamente 1.410 km² a cada estado. No entanto, essa opção poderia não distribuir de forma equitativa as edificações e a população afetada.
  3. Ceder todas as áreas em disputa ao Piauí: O Ceará transferiria 2.820 km² de território, afetando a população dos 13 municípios cearenses envolvidos.
  4. Ceder todas as áreas em disputa ao Ceará: O Piauí renunciaria à sua reivindicação sobre as áreas em litígio, cedendo 2.820 km² ao Ceará.
  5. Atribuir a maior parte das áreas em disputa ao Ceará: O Ceará receberia 2.606 km², enquanto o Piauí ficaria com 713 km², sem afetar edificações ou populações existentes.

O futuro da disputa: STF e implicações no território regional

A ação no STF ainda está em tramitação e não há previsão de quando será concluída. Esse impasse gera incertezas para os moradores das áreas envolvidas e para os governos estaduais. Além disso, a indefinição das fronteiras afeta diretamente a administração pública e a alocação de recursos nas regiões disputadas. Enquanto isso, ambos os estados aguardam uma decisão que possa finalmente resolver essa questão centenária. A disputa territorial entre Ceará e Piauí continua sendo um exemplo de como interpretações históricas e legais podem influenciar a soberania e a administração territorial no Brasil.

Disputa de território: Piauí x Ceará, quem vence?

A disputa de território entre Ceará e Piauí é uma questão complexa que envolve interpretações de documentos históricos, aspectos jurídicos e identidades regionais. O resultado desse litígio terá um impacto significativo não só para os estados envolvidos, mas também para a compreensão das divisas estaduais no Brasil. Enquanto o STF não chega a uma decisão final, a história continua a ser escrita e revisitada por ambos os lados, cada um defendendo sua visão de justiça e soberania.

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