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Para Bill Gates, o futuro não está nas energias renováveis nem na fusão nuclear: ele aposta em uma usina nuclear de sais de sódio que opera a temperaturas mais altas que as centrais convencionais

Bill Gates acredita que o futuro da energia está no reator Natrium de sais, que opera a temperaturas mais altas e supera as renováveis e a fusão nuclear em eficiência e segurança

por Noel Budeguer
04/08/2024
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Bill Gates, cofundador da Microsoft e reconhecido visionário tecnológico, voltou suas atenções para uma solução energética que promete revolucionar a forma como produzimos e armazenamos energia. Longe das energias renováveis tradicionais e da fusão nuclear, Gates aposta no Natrium, um inovador projeto de reator nuclear de sódio desenvolvido por sua empresa TerraPower. Este reator não só oferece uma alternativa limpa e segura, como também promete ser econômica e altamente eficiente.

A revolução do Natrium: energia nuclear baseada em sais

O Natrium se distingue dos reatores nucleares convencionais pelo seu design único. Em vez de utilizar água para controlar a reação nuclear, o Natrium emprega um núcleo de sal de fluoreto de sódio e sódio líquido. Essa mudança permite que a usina opere a temperaturas mais altas, o que incrementa tanto a eficiência quanto a capacidade de armazenamento de energia. O sódio líquido tem a capacidade de absorver até oito vezes mais calor do que a água, tornando o processo significativamente mais eficaz.

A eficiência do Natrium não se limita apenas à produção de energia. Graças ao seu design avançado, este reator pode armazenar energia de maneira mais eficaz. O sistema de armazenamento baseado em sais fundidos permite reter a energia sem perdas significativas. Durante a operação do reator, os sais se aquecem e armazenam o calor. Quando há um excesso de energia, os sais são mantidos aquecidos, e este calor pode ser convertido novamente em eletricidade quando a demanda aumenta. Este mecanismo oferece uma solução inovadora a um dos maiores desafios das energias renováveis, como a eólica e a solar, cujas baterias ainda não são suficientemente eficazes.

A abundância do sódio: um recurso globalmente acessível

Uma das grandes vantagens do Natrium é o uso de sódio, o quarto elemento mais abundante na crosta terrestre. Com 2,6% deste metal alcalino na composição da crosta, o sódio está amplamente disponível em todo o mundo. Diferente de outras fontes de energia que dependem de condições climáticas específicas, como o sol ou o vento, o sódio não enfrenta essas limitações, o que o torna uma opção viável e atraente a nível global.

Embora o reator ainda precise de uma pequena quantidade de urânio como combustível, a base em sal de sódio faz com que o projeto seja mais acessível e economicamente viável. Esta disponibilidade e abundância de sódio asseguram que o Natrium possa ser uma solução sustentável e escalável para as futuras necessidades energéticas do planeta.

Wyoming: o berço do primeiro reator natrium

O primeiro reator Natrium será instalado em Wyoming, Estados Unidos. Em maio deste ano, Bill Gates visitou o local, projetando que a produção deve iniciar até 2030. A TerraPower, em colaboração com PacifiCorp e GE-Hitachi, planeja desenvolver até cinco reatores Natrium antes de 2035, com três deles já em processo. A meta é alcançar um total de 1.500 MW antes de 2033, o que seria suficiente para abastecer mais de 1,2 milhão de lares.

Expansão internacional e investimentos

O alcance do Natrium não se limita apenas aos Estados Unidos. A TerraPower assinou um acordo com o governo da Coreia do Sul e os grupos SK e Korea Hydro & Nuclear (KHNP) para expandir esta tecnologia a nível internacional. Até o momento, a empresa arrecadou 758 milhões de dólares em quatro rodadas de financiamento, com 250 milhões de dólares provenientes do SK Group, a maior empresa de energia da Coreia do Sul.

Esta expansão internacional sublinha o potencial do Natrium como uma solução energética global. Os investidores e governos de todo o mundo estão reconhecendo a promessa desta tecnologia e estão dispostos a apoiar seu desenvolvimento e implantação.

Economia e eficiência: o custo do Natrium

Um dos aspectos mais impressionantes do Natrium é seu custo. Segundo a TerraPower, o custo de um reator Natrium é de aproximadamente 1 bilhão de dólares, significativamente menor que os 25 bilhões de dólares necessários para um reator nuclear convencional nos Estados Unidos. Esta drástica redução de custos se deve ao fato de as usinas Natrium operarem a uma pressão inferior, o que requer materiais mais econômicos e em menor quantidade.

Este fator econômico, combinado com a alta eficiência e capacidade de armazenamento do Natrium, o posiciona como uma alternativa viável e atraente frente a outras formas de energia. Além disso, a segurança do reator foi uma prioridade em seu design, garantindo que a operação seja segura para as comunidades próximas e o meio ambiente.

O futuro da energia nuclear

Bill Gates descreve o projeto Natrium como “a energia nuclear mais avançada do mundo”. Com seu design inovador e seu foco em resolver problemas críticos de custo e segurança, o Natrium representa uma alternativa viável para a transição energética global. As vantagens do Natrium, como a utilização de sódio, a capacidade de armazenamento e a eficiência operacional, o colocam em uma posição única para revolucionar a produção de energia.

Em um mundo que enfrenta desafios crescentes relacionados às mudanças climáticas e à demanda por energia, o Natrium pode ser a resposta que precisamos. Com sua capacidade de fornecer energia limpa, segura e econômica, este reator nuclear de sódio tem o potencial de transformar nossa infraestrutura energética e garantir um futuro sustentável para as gerações futuras.

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