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Escalada militar no Oriente Médio: a intensificação das hostilidades entre Israel, Hezbollah e Irã; análise das tensões entre os países e o papel da ONU

Recentemente, a situação se intensificou, levando a uma escalada militar e a um agravamento das tensões diplomáticas.

por Rafael Cavacchini
03/10/2024
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Irã dispara cerca de 200 mísseis contra Israel. Foto: Reprodução / Redes Sociais

Irã dispara cerca de 200 mísseis contra Israel. Foto: Reprodução / Redes Sociais

A relação entre Israel, Líbano e o Hezbollah tem sido marcada por tensões profundas e prolongadas, que se estendem por quase cinco décadas. Recentemente, a situação se intensificou, levando a uma escalada militar e a um agravamento das tensões diplomáticas.

Desde a década de 1970, a dinâmica de conflito no Oriente Médio vem se intensificando, especialmente entre Israel e grupos militantes libaneses. O Hezbollah, fundado em 1982 com apoio iraniano, tornou-se um ator central nesse conflito.

Cronologia dos principais eventos:

  1. 1978: A primeira invasão de Israel ao sul do Líbano ocorreu como resposta ao sequestro de um ônibus por militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina. A ação resultou em mais de 30 mortes de civis israelenses.
  2. 1982: A invasão em larga escala de Israel, motivada pela tentativa de assassinato de um embaixador israelense no Reino Unido, culminou na ocupação de Beirute e na fundação do Hezbollah. O grupo militante surgiu para se opor à ocupação israelense e rapidamente ganhou apoio militar e financeiro do Irã.
  3. 1985 a 2000: Após a invasão, Israel manteve uma “zona de segurança” no sul do Líbano, o que permitiu ao Hezbollah consolidar seu poder e influência. A retirada total das tropas israelenses só ocorreu em 2000, após 15 anos de presença militar.
  4. 2006: Um novo ciclo de hostilidade se desencadeou quando o Hezbollah sequestrou dois soldados israelenses. A ação levou a um conflito que durou cerca de um mês e resultou em significativas perdas humanas e materiais.

A escalada recente do conflito

Nos últimos meses, o Hezbollah intensificou seus ataques contra o norte de Israel, em solidariedade ao Hamas. Desde outubro de 2023, com a invasão e o sequestro de cidadãos israelenses pelo grupo palestino, o Hezbollah realiza bombardeios sistemáticos contra Israel.

  1. Julho de 2024: O assassinato de um comandante do Hezbollah em um ataque israelense gerou promessas de retaliação, elevando as expectativas de um confronto em larga escala.
  2. Setembro de 2024: A situação se intensificou com a explosão de centenas de dispositivos utilizados pelo Hezbollah, levando Israel a declarar que uma “nova fase na guerra” havia começado. As autoridades israelenses estavam preparando suas forças para operações mais agressivas.
  3. 23 de setembro de 2024: Um ataque aéreo israelense resultou em cerca de 500 mortes no Líbano, o dia mais sangrento desde a guerra de 2006. Este aumento na violência acirrou ainda mais as tensões entre os países envolvidos.
Morte de Hassan Nasrallah: o fim de uma era para o Hezbollah. Foto: Divulgação

A resposta de Israel e o papel da ONU

Diante dos recentes ataques do Irã a Israel, onde cerca de 200 mísseis foram disparados em um único dia, a resposta israelense foi rápida e contundente. Posteriormente, o governo de Israel declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata”, proibindo sua entrada no país.

Esta ação foi uma retaliação direta à falta de uma condenação clara por parte da ONU em relação aos ataques iranianos. O chanceler israelense, Israel Katz, afirmou que Guterres é um “secretário-geral anti-Israel” por não condenar de forma inequívoca o ataque iraniano. A ONU, que não se manifestou imediatamente sobre a decisão israelense, se vê no centro da disputa diplomática.

Vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França, condenaram os ataques do Irã, chamando a comunidade internacional a agir em prol da desescalada do conflito.

O futuro das relações entre esses atores permanece sobretudo incerto. No entanto, é claro que o cenário atual exige atenção e uma abordagem diplomática eficaz para evitar mais derramamento de sangue.


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