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Brasil tem apenas 5% de servidores públicos negros: projeto de lei aprovado na Câmara pode ajudar a reduzir essa discrepância

Política de cotas em concursos públicos foi criada para promover a igualdade de oportunidades e reduzir desigualdades históricas que afetam grupos específicos da população, como negros, indígenas e pessoas com deficiência.

por Anna Munhoz
20/11/2024
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O Brasil possui mais da metade da sua população (55,5%) auto declarada como preta ou parda, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, apesar de ser maioria, essa representatividade não é vista no funcionalismo público.

De acordo com Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), apenas 5,46%, o equivalente a 66.875 servidores, são negros. Outros 27,43%, cerca de 335 mil, são pardos, o que representa um total de apenas 32,89% de funcionários públicos na condição de pretos e pardos, incluindo inativos e instituidores de pensões no Executivo Federal.

A discrepância no número de servidores pardos e pretos é ainda maior em algumas carreiras públicas, chegando a índices inferiores a 20%, como é o caso do cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal, com apenas 12%, Advogado da União e Procurador Federal, com 15,6% e 14%, respectivamente. As informações são do Atlas do Estado Brasileiro, em pesquisa realizada pelo Ipea com base em dados coletados entre 1999 e 2020.

Por outro lado, a maior presença de negros e pardos é vista em cargos com remunerações até R$ 4 mil, onde estão 67,20% deles.

Câmara aprova ampliação da lei de cotas

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que prorroga por 10 anos e eleva de 20% para 30% o total de vagas destinadas a cotas nos concursos públicos federais. O Projeto de Lei 1958/2 de autoria do deputado Paulo Paim (PT-RS) amplia e prorroga a lei de cotas para pessoas negras, indígenas e quilombolas substituindo a Lei de Cotas no Serviço Público, que perdeu a vigência em junho deste ano.

“Isso não é apenas uma reparação histórica. É uma estratégia concreta para combater o racismo institucional e garantir acesso justo às oportunidades no serviço público”, disse a relatora do projeto, a deputada Carol Dartora (PT-PR). O texto segue agora para aprovação no Senado Federal.

O que diz o projeto

Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por maioria a prorrogação da validade das cotas raciais em concursos federais, após o vencimento da lei no mesmo mês. Agora, a proposta deseja também aumentar o percentual da reserva de vagas nos concursos públicos destinados à contratação de cargos efetivos no governo federal, autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou controladas pela União. O texto prevê ainda que a mesma lei seja aplicada nas seleções para vagas temporárias em processos seletivos simplificados dos mesmos órgão públicos.

Entenda mais sobre a política de cotas

A política de cotas em concursos públicos foi criada para promover a igualdade de oportunidades e reduzir desigualdades históricas que afetam grupos específicos da população, como negros, indígenas e pessoas com deficiência.

A política de cotas para negros foi instituída pela Lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014, sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff. Essa lei reserva, até então, 20% das vagas em concursos públicos federais para candidatos negros, aplicando-se a órgãos da administração pública direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.

Para pessoas com deficiência, a reserva de vagas já estava prevista na Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelo Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que estabelece uma cota de até 20% das vagas em concursos públicos.

Concursos federais para 2024 somam mais de 5.700 vagas autorizadas

Os concursos federais para 2024 já somam mais de 5.700 vagas autorizadas até o momento pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). No entanto, o número pode aumentar ainda mais, uma vez que outros certames ainda devem receber aval ao longo das próximas semanas.

Com as autorizações concedidas e publicadas no Diário Oficial, os respectivos órgãos devem, agora, dar inicio a todos os trâmites necessários para realizar os concursos, o que inclui a contratação da banca, a formação da comissão de organização e a elaboração do edital.

Lembrando que após a autorização, os órgãos tem o prazo máximo de seis meses para publicar o edital. Caso o documento não seja divulgado dentro desse período, o aval perde efeito e o orçamento disponibilizado retorna à União.

As oportunidades estão distribuídas entre diversos órgãos de nível federal, com vagas para cargos de níveis médio e superior, em áreas como saúde, ciência, pesquisa, tecnologia, administrativa, jurídica e judicial.

Os salários podem chegar a mais de R$ 20 mil. Confira a seguir quais são os concursos com editais autorizados e comece os estudos:

Concursos Federais 2024

Ibama

  • Cargos: analista administrativo e analista ambiental
  • Escolaridade: nível superior
  • Vagas: 260
  • Remuneração: R$10.735,72

ICMBio

  • Cargos: analista administrativo e analista ambiental
  • Vagas: 180
  • Escolaridade: nível superior
  • Salário: R$10.735,72

CENEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear)

  • Cargos: analista, pesquisador, tecnologista e técnico
  • Escolaridade: níveis médio e superior
  • Vagas: 150
  • Remuneração: até R$8.431,89

INSS

  • Cargos: perito médico federal
  • Escolaridade: nível superior em Medicina
  • Vagas: 175
  • Remuneração: R$16.875,99

AEB (Agência Espacial Brasileira)

  • Cargos: analista e tecnologista
  • Escolaridade: nível superior
  • Vagas: 30
  • Remuneração: R$8.431,89

ANM (Agência Nacional de Mineração)

  • Cargos: analista e especialista
  • Escolaridade: nível superior
  • Vagas: 220
  • Remuneração: de até R$16.413,35

SUSEP (Superintendência de Seguros Privados)

  • Cargos: analista técnico
  • Vagas: 75
  • Escolaridade: nível superior
  • Salário: R$20.924,79

FUNDAJ (Fundação Jardim Nabuco)

  • Cargos: pesquisador
  • Escolaridade: nível superior
  • Vagas: 20
  • Remuneração: a definir

MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação)

  • Cargos: Pesquisador e Tecnologista
  • Vagas: 55
  • Escolaridade: nível superior

Embrapa

  • Cargos: técnico, analista e pesquisador
  • Escolaridade: a confirmar
  • Vagas: 1.033
  • Remuneração: R$2.186,01 a R$12.814,61

Ministério da Saúde

  • Cargos: vários
  • Escolaridade: nível médio e superior
  • Vagas: 319
  • Remuneração: até R$ 13.000,00

 

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