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Marinha, Exército, FAB e a mediocridade: apontada por cidadãos, má gestão estaria prejudicando a Defesa Nacional

Por que as Forças Armadas Brasileiras estão presas a um modelo obsoleto? Revista Sociedade Militar continua investigando.

por Rafael Cavacchini
20/01/2025
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Por que as Forças Armadas Brasileiras estão presas a um modelo obsoleto?

Por que as Forças Armadas Brasileiras estão presas a um modelo obsoleto? Foto: Divulgação

Após a repercussão dos últimos artigos da Revista Sociedade Militar sobre o tema, muitos especialistas, entusiastas e até mesmo militares enviaram mensagens para falar sobre as Forças Armadas brasileiras. Muitos internautas, especialmente no X, antigo Twitter, também repercutiram as matérias, ora apoiando, ora criticando o conteúdo. Com milhares de opiniões divergentes, a Revista Sociedade Militar decidiu consultar novos especialistas para novos questionamentos e observações.

Muitos internautas concluíram que, afinal, as Forças Armadas brasileiras parecem ser medíocres. “Ser medíocre é ser comum, não se destacar.”, defendeu um dos comentários. Outro, observou que há muito tempo o Brasil não entra em guerra, o que, de certa forma, engessa o desenvolvimento militar do país.

E é verdade. Nosso país não enfrenta um conflito internacional direto desde a Guerra do Paraguai, há mais de 150 anos. O único confronto mais recente foi na Segunda Guerra Mundial, onde nos unimos aos Aliados. E, apesar do respeito que as Forças Armadas inspiram no imaginário popular (afinal, pesquisas apontam 80% de aprovação), há muitas lacunas difíceis de ignorar.

A Força Aérea Brasileira: um brilho isolado

De acordo com especialistas consultados pela Revista, a FAB, de fato, possui um certo protagonismo. O Brasil ocupa a 16ª posição no ranking mundial de Forças Aéreas, segundo o site WDMMA. Graças à inteligência de figuras como Casimiro Montenegro Filho, criador do ITA, e Ozires Silva, fundador da Embraer, a aviação militar brasileira tem um bom prestígio. A Embraer é um trunfo nacional: é terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, atrás apenas de gigantes como Boeing e Airbus.

KC-390 da FAB: um orgulho para as Forças Armadas Brasileiras, mas ainda insuficiente.
KC-390 da FAB: um orgulho para as Forças Armadas Brasileiras, mas ainda insuficiente. Foto: Divulgação / FAB

A Embraer nos deu o Super Tucano, referência global em ataque leve, além do KC-390, um cargueiro versátil. Nosso caça mais importante, o Gripen F-39, já opera em número reduzido, mas é uma boa promessa. Ainda assim, há um problema sério: quantidade. Com apenas 76 jatos operacionais, a FAB dificilmente defenderia um território imenso como o brasileiro em um conflito de grande escala. De acordo com analistas, o ideal seriam pelo menos o triplo disso. Além disso, a defesa aérea também não tem número suficiente, o que prejudicaria em caso de um conflito real.

Exército Brasileiro: força terrestre ou relíquia do passado?

O Exército Brasileiro também sofre de dilemas semelhantes. Apesar de contar com o Instituto Militar de Engenharia (IME) e veículos como o VBTP Guarani, muitos dos equipamentos são obsoletos, como os tanques M60 e Leopard 1A5.

Os especialistas, contudo, apontam avanços importantes. O sistema de mísseis Astros 2020 e o míssil de cruzeiro AV-TM 300 mostram um esforço em modernização. Mas o Exército enfrenta problemas de organização e foco: as tropas regulares carecem de equipamentos modernos.

A Marinha Brasileira: um naufrágio literal e figurativo

Se o Exército e a FAB lutam para se manterem relevantes, a Marinha está à beira do abismo. Com um litoral de 9.200 km, nossa força naval mal consegue patrulhar. De acordo com especialistas, o Brasil possui apenas cinco submarinos operacionais. A situação das embarcações seria ainda pior: navios obsoletos, falta de planejamento e, principalmente, excesso de gastos com pessoal.

Lançamento do primeiro submarino Riachuelo do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil.
Lançamento do primeiro submarino Riachuelo do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil. Foto: Divulgação / Marinha do Brasil

O submarino nuclear brasileiro, que deveria ser um marco, segue patinando em atrasos e estouros de orçamento. Já o porta-aviões São Paulo ficou mais tempo em reparos do que no mar antes de ser aposentado, deixando um rastro de tragédias e desperdício de recursos.

Por que não saímos do lugar?

Os especialistas consultados pela Revista Sociedade Militar apontam um padrão claro: falta de planejamento, má gestão e um modelo engessado que privilegia altos custos com pessoal em vez de modernização estrutural. A centralização de recursos nas três forças militares cria uma competição interna por fatias do orçamento, resultando em equipamentos ultrapassados e dependência tecnológica.

Os problemas na Marinha são o exemplo mais gritante: gastamos mais com salários do que com a construção e manutenção de equipamentos essenciais. Além disso, apontam os analistas, o Brasil insiste em manter uma estrutura militar inflada e mal equipada para justificar sua posição geopolítica.

Apesar de todos os problemas, o brasileiro médio ainda vê as Forças Armadas brasileiras com admiração, seja pela memória histórica da FEB ou pela sensação de estabilidade. Mas a realidade é que, em um cenário global cada vez mais competitivo, ser medíocre não é uma opção. O país precisa de reformas urgentes, investimentos estratégicos e menos discursos vazios.


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