Fiel a Lula e “amado” por Bolsonaro, ex-presidente do TCU assume o Ministério da Defesa para restaurar normalidade nos quarteis. Dessa forma a imprensa se referia a José Mucio Monteiro, quando do início do terceiro mandato de Lula da Silva. O nome de Mucio foi difundido como o “pacificador da caserna”, incumbido de arrefecer os ânimos entre os militares, depois da derrota de Jair Bolsonaro nas urnas em 2022.
Da engenharia civil aprendida na Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco em 1971, passando pelo início de sua carreira política filiado ao PDS, partido que reunia apoiadores do regime militar, Mucio chegou a ser líder do PTB, durante o escândalo do mensalão em 2005.
Naquela oportunidade em que defendeu o então presidente de seu partido, Roberto Jefferson, Mucio se aproximou de Lula nos anos 2000, sendo líder do governo na Câmara dos Deputados.
Um de seus principais atributos ao longo desses anos como chefe de generais, almirantes e brigadeiros é ser reconhecido por sua habilidade em conciliar interesses e construir pontes entre diferentes grupos políticos.
Segundo parte da imprensa, sua indicação para a pasta agradou os oficiais generais, conquanto houvesse “ressalvas a Lula” nos quarteis.
Mucio, mais vivo do que nunca
José Múcio Monteiro, ministro da Defesa do governo Lula 3 será o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, hoje à noite.
O ano de 2024 terminou com muitas especulações sobre a possível saída de José Múcio Monteiro do Ministério da Defesa, mas ele permanece no cargo e participa, ao vivo, do Roda Viva.
Nesta edição, participam da bancada de entrevistadores: Geralda Doca, repórter do jornal O Globo; Cézar Feitoza, repórter do jornal Folha de S.Paulo; Raquel Landim, colunista do UOL; Monica Gugliano, colunista do Estadão; e César Felício, repórter especial e colunista do Valor Econômico.
Com apresentação de Vera Magalhães, as ilustrações em tempo real são de Luciano Veronezi.