As Forças Armadas detêm em suas estruturas 162 presos por crimes comuns e militares e pequenas transgressões. O levantamento foi feito pelo Metrópoles com base na Lei de Acesso à Informação e divulgado em 23 de fevereiro.
Do total, apenas 15 presos são oficiais (9,2% do total), entre eles um capitão da Aeronáutica de 72 anos de idade. A maioria absoluta é composta por praças, como soldados, cabos, sargentos e marinheiros, sendo 127 do Exército, 27 da Marinha e 8 da Aeronáutica.
Segundo a advogada e pesquisadora Débora Nachmanowicz de Lima, os praças estão mais no dia a dia e são a maior parte das Forças, o que, segundo a especialista, faz com que eles estejam “mais suscetíveis a cometerem crimes militares ou não e transgressões”.
Entretanto, de acordo com a advogada, “existe um protecionismo no julgamento da Justiça Militar sobre esses oficiais e as maiores patentes”.
“De fato, serão muito poucos aqueles que vão presos”.
Presídio da Marinha gasta R$ 2 milhões com presos
Outro número revelado pelo Metrópoles neste domingo, também com base na Lei de Acesso à Informação, diz respeito aos gastos da Marinha com o presídio localizado na Ilha das Cobras, Centro do Rio de Janeiro. Atualmente, o local detém 16 militares.
Ao longo dos últimos 4 anos (2021, 2022, 2023 e 2024) a Força Naval desembolsou R$ 2,2 milhões para manter a unidade penitenciária, incluindo gastos com água, luz, alimentação e higiene pessoal dos internos.