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“Agro dos EUA se revolta contra Trump e alerta: Brasil tomará o lugar dos americanos na China em meio a nova guerra comercial que pode custar bilhões”

Produtores americanos temem retaliação chinesa e afirmam que exportações brasileiras de soja e milho devem crescer com nova rodada de tarifas dos EUA

por Alves
08/03/2025
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O setor agropecuário dos Estados Unidos manifestou preocupação com as novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, alertando que o Brasil será o grande beneficiado caso uma nova guerra comercial com a China se intensifique. A informação foi divulgada por Jamil Chade, do portal noticias.uol, destacando que agricultores americanos estão insatisfeitos com as políticas tarifárias e prevendo perdas bilionárias no setor.

As novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos incluem um aumento de 10% sobre as importações chinesas, o que levou Pequim a reagir com medidas retaliatórias, incluindo tarifas de 10% sobre a soja americana. Diante disso, os produtores rurais dos EUA temem perder espaço para o Brasil, que já exportou cerca de 69 milhões de toneladas de soja para a China em 2024, totalizando US$ 30 bilhões.

Os fazendeiros americanos, que já sofreram perdas significativas durante a guerra comercial iniciada em 2018, agora veem um cenário ainda mais desafiador. Naquele período, as exportações para a China despencaram em US$ 27 bilhões, e a soja foi responsável por 71% dessas perdas.

Setor agropecuário dos EUA pressiona governo

Diante do risco de novas perdas, a influente Associação Americana de Soja manifestou preocupação, pedindo ao governo dos EUA que reconsidere as tarifas impostas e evite novas sanções. A entidade argumenta que as barreiras comerciais afetam diretamente os produtores e prejudicam a credibilidade dos Estados Unidos como fornecedor confiável no mercado internacional.

Caleb Ragland, presidente da associação e produtor de soja no Kentucky, afirmou que os agricultores estão “frustrados” com a atual política comercial. “As tarifas não são apenas prejudiciais para os nossos negócios, mas também minam um dos princípios fundamentais do comércio: a confiabilidade”, declarou.

Ele também destacou que os produtores estrangeiros, especialmente os brasileiros, estão preparados para suprir a demanda chinesa em caso de redução das exportações dos EUA. “O Brasil e outros países estão prontos para ocupar o espaço que podemos perder”, alertou Ragland.

Brasil pode aumentar exportação de milho e soja

Com a intensificação das tensões comerciais, o Brasil pode aumentar significativamente suas exportações de milho e soja para a China. Segundo estimativas, o volume adicional pode chegar a 8,9 milhões de toneladas anuais, consolidando o Brasil como o maior fornecedor de grãos para o mercado chinês.

A crescente dependência da China dos produtos brasileiros é resultado de uma estratégia comercial iniciada há anos, fortalecida pelos acordos assinados entre os dois países. Durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, em novembro, seis dos 37 acordos firmados estavam relacionados diretamente ao setor agropecuário, ampliando as possibilidades de negócios.

Em 2023, as exportações agrícolas brasileiras para a China atingiram um recorde de US$ 60,24 bilhões, representando 36,2% do total do comércio agropecuário do Brasil. Esse volume pode aumentar ainda mais caso as tarifas impostas pelos EUA dificultem o acesso dos agricultores americanos ao mercado chinês.

Retaliação do Canadá e do México agrava crise

Além dos impactos na relação comercial com a China, os Estados Unidos também enfrentam retaliações de seus vizinhos, o Canadá e o México. Ambos os países anunciaram medidas em resposta às tarifas de 25% impostas por Trump, o que pode gerar um efeito cascata no setor agropecuário americano.

Os agricultores americanos dependem fortemente do México e do Canadá tanto para exportação de seus produtos quanto para importação de insumos essenciais, como fertilizantes. Atualmente, cerca de 87% do potássio utilizado pelos produtores de soja dos EUA é importado do Canadá.

Diante desse cenário, especialistas alertam que os agricultores americanos estão em uma posição mais frágil do que em 2018. Os preços das commodities caíram quase 50% nos últimos três anos, enquanto os custos de produção continuam elevados, aumentando a pressão sobre o setor.

A insatisfação crescente entre os produtores rurais pode ter impacto político significativo. Em 2020, Trump venceu de forma esmagadora nas regiões rurais dos EUA, conquistando até 80% dos votos em diversos condados dependentes do agronegócio. Entretanto, com as novas tarifas ameaçando seus negócios, muitos desses eleitores podem reconsiderar seu apoio ao ex-presidente nas próximas eleições.

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