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Exército brasileiro em alerta! Crise explode na fronteira por disputa de território entre Venezuela e Guiana e acende sinal de guerra na América do Sul; EUA prometem retaliação

Governo chavista nomeia militar para liderar território contestado, provoca reação imediata dos EUA e acende alerta no Brasil que teme impactos diretos da crise na fronteira com a Venezuela.

por Flavia Marinho
06/04/2025
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A América do Sul está à beira de uma encruzilhada geopolítica que pode redefinir seu futuro. A crescente tensão entre Venezuela e Guiana pela posse do rico território de Essequibo colocou potências globais em alerta máximo — com Washington prometendo retaliação, a oposição venezuelana mudando radicalmente de discurso e o Brasil sendo pressionado a abandonar sua histórica neutralidade. Em meio a esse tabuleiro internacional, decisões estão sendo tomadas que podem desencadear um conflito de proporções inéditas no continente.

Continue lendo e entenda por que essa disputa territorial deixou de ser um problema bilateral e passou a ameaçar a estabilidade de toda a América do Sul.

Disputa por território de Essequibo intensifica tensão entre Venezuela, Guiana e potências globais

A crise em torno do território de Essequibo atingiu um novo patamar de gravidade. O presidente venezuelano Nicolás Maduro tem intensificado sua ofensiva sobre a região disputada com a Guiana, promovendo decisões políticas e militares que desafiam a estabilidade da América do Sul. A mais recente medida do governo chavista foi nomear um militar de alta patente como o futuro governador da área contestada — uma ação que sinaliza uma tentativa concreta de anexação territorial.

A novidade mais inesperada, no entanto, veio da oposição venezuelana, que tradicionalmente se opunha às estratégias de Maduro. De forma surpreendente, os principais líderes opositores passaram a adotar a mesma retórica nacionalista, reforçando o discurso de que Essequibo pertence à Venezuela.

A mudança de postura criou um cenário altamente complexo, principalmente porque a oposição depende do apoio político e diplomático dos EUA e da União Europeia, que já declararam tolerância zero com qualquer tentativa de anexação forçada. A tensão diplomática entre Washington, Caracas e a região escalou rapidamente.

Nomeação de militar para governar território disputado eleva tensão com a Guiana e provoca reação imediata dos EUA, que prometem retaliação à Venezuela.

Especialistas em geopolítica veem a movimentação de Maduro como uma forma de consolidar poder. Pressionado por uma grave crise econômica, o presidente venezuelano tem utilizado a disputa com a Guiana como forma de desviar o foco dos problemas internos e mobilizar apoio popular por meio de uma agenda nacionalista.

Inspirado na cartilha russa, Maduro parece seguir um modelo semelhante ao de Vladimir Putin, que também usou disputas territoriais para reforçar sua imagem diante do público interno. No caso venezuelano, a aposta está centrada no domínio da região de Essequibo, rica em recursos naturais e atualmente sob controle guianense.

A nomeação do almirante Neil Vamizar, ex-comandante da Marinha, como candidato a governador da região é um marco dessa escalada. Vamizar será o representante chavista nas eleições de 25 de maio, data que coincide com os demais pleitos regionais e parlamentares do país. Com isso, Maduro sinaliza claramente sua intenção de incorporar o território ao mapa oficial da Venezuela.

Washington reage: possibilidade de ação militar aumenta

A resposta dos Estados Unidos não tardou. Sob forte influência política interna, representantes da ala republicana liderados por Marco Rubio alertaram sobre as consequências de uma intervenção militar venezuelana em Essequibo. O senador afirmou que qualquer ataque “não terminará bem”, deixando claro que Washington está disposto a agir militarmente.

O alerta foi reforçado por Mauricio Claver-Carone, enviado especial dos EUA para a América Latina. Em declarações recentes, ele afirmou que o governo norte-americano avalia o envio de tropas para apoiar a Guiana, caso a integridade de seu território seja ameaçada. A ideia seria replicar o modelo de resposta rápida utilizado no Golfo Pérsico, com forças prontas para dissuadir agressões.

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, reagiu com entusiasmo à possibilidade de ajuda americana. Para ele, o apoio de uma potência como os EUA representa uma blindagem contra a ofensiva chavista e fortalece sua posição nas negociações multilaterais.

Oposição venezuelana adere à retórica nacionalista

Um novo capítulo da crise se desenhou com a declaração conjunta de María Corina Machado e Edmundo González, principais nomes da frente opositora na Venezuela. Ambos afirmaram que os “direitos venezuelanos sobre Essequibo são indiscutíveis” e respaldados por “documentos históricos e fundamentos jurídicos”.

A adesão da oposição ao discurso de Maduro surpreendeu diplomatas e analistas. Historicamente, os opositores eram vistos como defensores da democracia e do alinhamento com o Ocidente. Agora, ao embarcar na mesma linha de argumentação do regime chavista, correm o risco de perder o respaldo internacional.

Washington e Bruxelas, que vinham apoiando as lideranças oposicionistas na tentativa de restaurar eleições livres no país, podem rever suas estratégias. A dúvida que paira é se a oposição continuará sendo considerada uma alternativa democrática viável ou se estará sendo absorvida por um discurso de expansão territorial inaceitável.

Repercussão internacional e riscos ao Brasil

A eventual intervenção dos EUA na crise gera preocupações significativas para o Brasil, que compartilha uma extensa fronteira com a Venezuela. Até o momento, o governo brasileiro tem adotado uma postura cautelosa, buscando evitar envolvimento direto. No entanto, a instalação de forças americanas em território guianense, tão próximo do seu espaço soberano, pode forçar uma mudança de estratégia por parte de Brasília.

A presença militar estrangeira na região historicamente sensível da América do Sul sempre foi uma linha vermelha para o Exército brasileiro. O país mantém há décadas a política de não permitir bases militares estrangeiras em seu território, o que torna a possível presença de tropas dos EUA nas proximidades uma ameaça ao equilíbrio regional.

Além disso, o deslocamento de forças dos EUA pode desencadear reações de países aliados de Maduro, como Rússia e China, elevando ainda mais o nível de tensão geopolítica. O Exército do Brasil já considera reforçar a vigilância na fronteira norte, especialmente diante da possibilidade de aumento no número de refugiados e até mesmo de confrontos armados esporádicos.

América do Sul em alerta diante do risco de conflito por disputa de território

Um conflito envolvendo Venezuela e Guiana não afetaria apenas os dois países. Seus reflexos se espalhariam por toda a América do Sul, com impactos diretos no comércio, na segurança das fronteiras e na estabilidade política da região.

Caso a crise escale para o campo militar, países como Brasil e Colômbia poderiam ser pressionados a tomar posição — algo que ambos vêm tentando evitar. A possibilidade de tropas americanas operando na região também representa uma mudança no xadrez estratégico sul-americano.

A mediação internacional, que até então contava com a neutralidade de alguns vizinhos sul-americanos, pode se tornar inviável. Com a oposição venezuelana adotando um discurso similar ao de Maduro, a margem para negociações diplomáticas diminui drasticamente.

Os próximos passos serão decisivos

O avanço da Venezuela sobre o território de Essequibo, a surpreendente união retórica entre governo e oposição, e a disposição dos EUA de intervir militarmente colocam o continente diante de um dos episódios mais sensíveis de sua história recente.

A questão agora é saber até onde Nicolás Maduro está disposto a ir para manter o poder e se o apoio da oposição nesse ponto não acabará minando as chances de uma solução diplomática. Do outro lado, resta saber qual será a real disposição de Washington e seus aliados para frear essa escalada e preservar a paz no continente.

A América do Sul assiste, em alerta máximo, a um jogo geopolítico que pode redefinir suas relações internas, suas alianças internacionais e o equilíbrio de poder nas próximas décadas.

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