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Grupos paramilitares e o assédio sobre membros das Forças Armadas: palestra expõe falta de coragem para lidar com o problema do crime organizado

Aliciamento de militares por organizações paramilitares

por Robson Augusto
22/05/2025
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Conferência contra o Crime Organizado

Conferência contra o Crime Organizado - OAB-RJ

Durante a conferência sobre Combate ao Crime Organizado no Rio de Janeiro, Wagner Coelho, militar da reserva e especialista em segurança pública, destacou que militares das Forças Armadas seriam assediados por membros de organizações paramilitares, as milícias.

Militar da reserva do corpo de Fuzileiros Navais com experiência na área de inteligência e contrainteligência, conhecido por atuar no canal “Segurança e Defesa TV”, que tem mais de 130 mil seguidores, Coelho expôs o avanço das milícias no estado e o assédio contínuo dessas organizações sobre militares das Forças Armadas.

Ao traçar a origem dos grupos, o palestrante reforçou que a estrutura atual deriva de organizações informais surgidas entre os anos 1960 e 1970, envolvendo militares, policiais e bombeiros: “inicialmente com o intuito de coibir o crime […] tinham aqueles esquadrões chamados esquadrões da morte”. A partir da década de 1990, essas ações foram se transformando em negócios ilegais altamente lucrativos: “a milícia hoje por mês em algumas comunidades chega a aferir o valor de 10 milhões por mês […] a estrutura toda da milícia hoje no Brasil chega a somar a quantia de 7 bilhões ao ano”.

Tentativa de cooptação de militares da Marinha, Exército e Força Aérea

O militar da reserva destacou a frequente tentativa de cooptação de militares das Forças Armadas pelas milícias, não apenas policiais: “não é só o policial militar, o policial civil, o bombeiro, não. Os militares das Forças Armadas também são muitas das vezes cooptados”.

Ele atribui a vulnerabilidade à baixa remuneração e à ausência de suporte institucional: “os militares hoje têm os salários mais baixos do servidor público federal […] é uma porta de entrada para aquilo ali”. O próprio palestrante revelou ter sido assediado:

“2022 eu fui candidato a deputado federal e me foi proposto sim, financiamento na minha campanha […] certamente eu estaria em Brasília hoje, né? Mas ia trabalhar para quem?”.

Venda gás e internet clandestina

A palestra também destacou a estrutura de dominação das milícias sobre o cotidiano da população. O controle vai além da segurança: inclui venda de gás, internet clandestina, transporte, “grilagem” de terras, tráfico de drogas e até controle sobre postos de saúde:

“tem uma comunidade em São Gonçalo […] o posto de saúde só entra quem é cadastrado pela milícia… temos desembargadores, temos juízes, todos esses envolvidos nessa trama criminosa”.

Ele lamentou a ausência das autoridades convidadas à conferência e questionou a eficácia das ações atuais: “

“… adianta o governador do estado apresentar falar que vai colocar 700 poucas viaturas semi – blindadas na rua para combater o crime e a gente vendo parlamentares desfilando pela via do BRT… e não são viaturas simples não são carros potentes e totalmente blindados e o policial hoje ele sai de casa de manhã dá um beijo na esposa um beijo no filho e não sabe se volta …”

Robson Augusto
Revista Sociedade Militar

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