Instituto Militar de Engenharia, o IME, atinge nota máxima no ENADE — e deixa universidades civis comendo poeira
É oficial: o Instituto Militar de Engenharia no Rio de Janeiro, colocou a engenharia nacional em marcha acelerada — e com direito a ultrapassagem sem retrovisor! O IME conquistou nota máxima (5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, o ENADE, de 2023, de acordo com dados recém publicados pelo Ministério da Educação. E mais: em algumas engenharias, os alunos do IME deixaram os concorrentes tão para trás que suas notas tiveram que ser retiradas da conta para não distorcer o ranking nacional.
Sim, você leu certo: os resultados do IME foram tão superiores que o INEP precisou recalibrar a régua para que as outras instituições tivessem alguma chance de pontuar com dignidade.
Engenharia de elite: liderança em quase todas as áreas
Dos cinco cursos avaliados — todos ligados à engenharia de ponta — todos do IME tiraram a nota 5, o conceito máximo do ENADE. Mas o que impressiona ainda mais são os rankings nacionais:
- Engenharia de Fortificação e Construção (Civil) — 1º lugar no Brasil
- Engenharia Elétrica — 1º lugar no Brasil
- Engenharia Mecânica e de Automóvel — 1º lugar no Brasil
- Engenharia Mecânica e de Armamento — 2º lugar no Brasil (perdeu apenas para o outro curso do próprio IME)
- Engenharia Química — 2º lugar no Brasil
Ou seja: o IME praticamente monopolizou o pódio da engenharia brasileira.
Notas tão altas que o MEC ficou sem parâmetro
Os dados brutos do ENADE revelaram algo surpreendente (e incômodo para algumas universidades civis). Em áreas como Engenharia Civil e Engenharia Mecânica, as notas dos alunos do IME foram tão acima da média nacional que o INEP decidiu retirar esses dados das contas para não “contaminar” o conceito final das demais faculdades.
Esse tipo de decisão, embora tecnicamente justificável, levanta questionamentos sobre a equidade da metodologia do ENADE. Afinal, se uma instituição é tão boa que altera o padrão da régua, não seria mais justo reconhecer isso com maior destaque — ao invés de neutralizar seus resultados?
Um feito militar — com impacto civil
Apesar de ser uma instituição ligada ao Exército Brasileiro, o IME é conhecido por formar engenheiros que atuam não só na área de defesa, mas também em grandes obras de infraestrutura, empresas de tecnologia, petróleo, energia e até no setor financeiro. Muitos de seus ex-alunos estão à frente de projetos estratégicos no Brasil e no exterior.
Além disso, o IME exige aprovação em um dos vestibulares mais difíceis do país. Com formação disciplinar rígida, conteúdo técnico aprofundado e forte incentivo à pesquisa, o IME se destaca. Não é exagero dizer que ele funciona como uma “NASA da engenharia brasileira”.
E o papel das universidades civis?
A performance do IME no ENADE também acende um debate importante. Afinal, por que as universidades públicas e privadas civis não conseguem alcançar o mesmo nível de excelência? É uma questão de investimento? De disciplina? De metodologia?
Enquanto o IME avança com precisão quase cirúrgica, muitas instituições de ensino superior brasileiras enfrentam falta de estrutura, currículos desatualizados e evasão de talentos. O contraste fica ainda mais gritante diante de um ENADE que insiste em nivelar resultados, mesmo quando há instituições tão acima da média.
O desempenho do IME no ENADE 2023 não foi sorte. Foi resultado sobretudo de décadas de tradição, disciplina militar aplicada à educação, e um compromisso inegociável com a excelência acadêmica e técnica. Enquanto outras escolas ainda discutem o que ensinar, o IME já está ensinando — e sendo referência global no processo.