Mulher no Rio é arrastada por acidente ao ser socorrida. Militares são culpados até que se prove o contrário?
Não se discute aqui como Cláudia S. Ferreira foi morta, se houve erro ou não, é obvio que houve. Obviamente é uma perda irreparável, e que leva-nos a constatar que em todas as operações da polícia automaticamente deveriam estar presentes várias ambulâncias.
O que desejo tratar aqui é a forma como a polícia está sendo agredida, a forma como se generaliza qualquer ação equivocada e o desrespeito com que se trata os homens e mulheres que todos os dias arriscam sua vida em prol de outras pessoas. A mídia não leva ao público a notícia, a mídia leva ao público a sua posição sobre o caso.
Os militares que participaram do fatídico transporte de vítima, que não faziam parte da operação na favela, e foram convocados para prestar socorro à Cláudia, já foram presos e já estão na penitenciária de Bangu. É lógico que foi um gravíssimo erro, a ser apurado com rigor. Os militares alegam que a porta do camburão não fechava direito. Porém, o que está obvio, e ninguém tem coragem de dizer, e que eles não tiveram a intenção de arrastar a vítima pelo asfalto, só um idiota pensaria o contrário.
Definitivamente o “arrastamento” foi acidental. Mesmo que os policiais desejassem fazer isso, o que é improvável, seria muita burrice arrastar propositalmente uma pessoa pelas ruas da cidade, sabendo da possibilidade de estar sendo filmados e que haveria inúmeras testemunhas.
Esse crime certamente vai colocar um fim à pequena ênfase que se deu aos assassinatos seguidos de militares no Rio de janeiro. A opinião pública será direcionada novamente pela mídia a atirar seu ódio contra os policiais. Afinal, militares não possuem direitos humanos, militares não podem errar nunca. Aliás, esse posicionamento da imprensa sempre contra os militares já é um grande fator de stress, pois qualquer policial trabalha o tempo todo tenso. Pode ser que ele passe 25 anos de sua vida prestando bons serviços, como a maioria passa. Levam tiros, prendem marginais e salvam vidas. Contudo, se no final de sua carreira cometerem um único erro, tudo que se tiver feito de bom será esquecido. Ainda antes de ter chance de se defender, o militar certamente será trancafiado em um presídio de segurança máxima e pisoteado pela mídia do Rio e do resto do Brasil.
Veja só que tipo de nota se faz contra os militares do Rio. Incrivelmente, em um único espaço, a nota chama os policiais cariocas de elitistas e racistas. É uma imensa irresponsabilidade dizer que a policia carioca está orientada a matar negros e pobres. Ora, a maior parte dos policiais do Rio de Janeiro, e de qualquer lugar do Brasil, é justamente de origem negra e pobre.
De quebra o texto lembra do menor infrator que foi amarrado ao poste há alguns dias, chamando-o carinhosamente de “jovem negro”.
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