Depois de discorrer por sete parágrafos sobre as possibilidade de impeachment, dizendo algumas verdades já ditas e reditas, inclusive que grande parte do Legislativo já acredita na possibilidade de IMPEACHMENT da atual presidente do Brasil, o autor de artigo publicado no site Alerta Total, cita rapidamente, no final do texto, sem descrever precisamente as fontes – o assunto que gerou o título do artigo – que o “alto comando militar” teria avisado que a palavra IMPEACHMENT está proibida de ser dita publicamente pelos comandantes militares.
Que o processo de impeachment está cada vez mais próximo já sabemos. A própria mídia aos poucos tem mencionado cada vez mais essa possibilidade. As redes sociais também indicam um crescimento nas menções ao impeachment da atual presidente. Veja o gráfico abaixo, construído com a ferramenta TOPSY que realiza uma varredura nas redes sociais e identifica o número de menções aos termos pesquisados.
O texto, publicado no site Alerta Total, diz que a mensagem dos militares é a seguinte:
Uma raposa felpuda do Congresso, que defende a estratégia de cozinhar longamente a galinha velha, mesmo sabendo que ela não dará comida boa (diferentemente da tradicional música caipira), já ouviu do Alto Comando Militar a seguinte mensagem: “Não vamos aceitar que aventureiros destruam a Democracia no Brasil. Mas definimos que a palavra impeachment não será pronunciada publicamente pelos comandantes. Vamos acompanhar qual vai ser o clamor popular, e garantir o regime democrático“.
A frase é um tanto quanto complicada, dificilmente seria dita por um militar de alto escalão.
Observem bem a conjunção adversativa “mas”.
Quem seriam os aventureiros? O governo atual ou quem deseja o impeachment? Obviamente que é o governo atual, já que a conjunção adversativa “mas” foi utilizada no início da segunda frase.
Para os militares um processo de IMPEACHMENT é quebra do regime democrático? Dificilmente, o processo é previsto em nossa legislação.
Ao que parece, a interpretação mais correta seria que os militares acreditariam que o governo atual é composto por aventureiros, que desejam destruir a democracia. Contudo, ainda assim eles se manterão quietos e evitarão, por questões de ética, carreirismo ou outros motivos, falar em público que acreditam que a presidente tem de ser retirada por meio de um processo legal de impeachment. Se o clamor popular levar a abertura do referido processo, eles vão garantir que tudo seja realizado dentro da ordem democrática.