Integralistas e Intervencionistas somam forças em acampamento e pedem a volta dos MILITARES.
Apenas um raciocínio rápido. Pra quem observa as diversas faces do que vem ocorrendo no país.
Há algum tempo alguns colegas militares do EB nos chamaram a atenção para o uso, pelos acampados em frente ao Comando Militar em São Paulo, do lema integralista “Deus, pátria e família”. Contudo, como não havia nenhuma bandeira com o sigma, achamos que era mera coincidência.
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Clique aqui para seguirEm manifestação no Rio de Janeiro, em frente ao Palácio Duque de Caxias, percebeu-se também a presença de alguns integralistas.
O integralismo é conhecido por se contrapor tanto contra o COMUNISMO como contra o LIBERALISMO. O Integralismo acredita que o capitalismo é uma espécie de contraposição que mantém vivo o comunismo. A tese integralista de que o capitalista manipula o mercado e produz sem levar em conta a necessidade e a busca pela mercadoria é derrubada pelo liberalismo pela simples premissa, fundamental, que diz que sem a necessidade a mercadoria não é vendida. Portanto, não ha produção.
Ao contrario dos liberais, que acreditam que a intromissão do estado é a principal causa da inflação, para os integralistas o causador da carestia é o próprio capitalista com a suposta produção exagerada.
Os integralistas advogam que a escolha dos lideres da nação não deve ser por eleições diretas, mas sim num sistema em que as diversas categorias escolheriam seus representantes e estes sim escolheriam os governantes do país.
Um integralista famoso, líder do movimento no Rio, é visto com certa resistência pelos altos escalões militares, se trata do Almirante Negro, João Cândido do líder da Revolta da Chibata.
Ao contrário do que muitos dizem, é obvio que integralismo não é fascismo. Apesar do movimento, aparentemente, com seus uniformes e gestos marciais, não ter se esforçado muito para evitar essa comparação. Integralismo também não é racismo. A presença de João Cândido em suas fileiras é uma das provas disso.
O integralista rejeita a ideia de estado laico na medida em que condena o ateísmo e não admite em suas fileiras uma pessoa que não acredita na existência do Deus em sua interpretação cristã.
Em meio aos militares há enorme número de simpatizantes das doutrinas liberais. Nas Forças Armadas brasileiras existem muitos cristãos, é verdade. Porém, predomina o respeito à diversidade de religião e ao agnosticismo. Nas fileiras das três forças há militares judeus, islamitas, espiritas, budistas e ateus. Por isso soa-nos como intrigante a presença dos integralistas no seio dos intervencionistas, grupo que prima por angariar simpatia por parte das Forças Armadas.
Estarão os integralistas abrindo mão de seus princípios?
Robson A. DSilva/ Revista Sociedade Militar