Intervenção Militar. Qual é a verdadeira Vontade das Ruas?
A editoria da Revista Sociedade Militar recebe todos os dias mensagens instando as Forças Armadas a assumir o controle do país e empreender um processo que “reinicie”o Brasil. Os comandantes militares, em especial o comandante do Exército Brasileiro, reiteradamente argumentam que não cabe aos militares “tutelar” a sociedade e que no momento uma intromissão seria prejudicial.
Diante disso, sem pretensão de definir um posicionamento sobre o assunto, apresentamos alguns dados.
Os números que nos chegam são muitos.
Vejam, depois retornamos.
Instituto Paraná – 32% dos manifestantes que compareceram à Av. Paulista desejam intervenção Militar. Pesquisa aqui.
LAPOP – Instituto ligado a Universidade Vanderbilt – USA – 47% dos Brasileiros seriam favoráveis a uma intervenção militar em caso de corrupção extrema. Abaixo o trecho do questionário que trata da questão e o gráfico gerado em relatório.
A pesquisa divulgada pelo LAPOP mostra que na América Latina há países onde a sociedade tem ainda maior tendência em solicitar uma intervenção das Forças Armadas em caso de corrupção extrema. Observa-se que nos EUA em 2014, num momento em que o país não vivia situação de “corrupção sistêmica”, esse número ultrapassava 30%.
Radio cidade 860am (Fortaleza – 2016) – Pesquisas não oficiais realizadas pelo programa Panorama Nacional – Mário Machado. Em Foz do Iguaçu, foram ouvidas 132 pessoas no dia 05 de março de 2016 na rua, sendo 72,7% a favor de um novo governo militar. Em Fortaleza , na rua no dia 10 de março de 2016, foram ouvidas 377 pessoas, com 72,3% a favor do novo governo militar. (Retificado em 10/05)
Revista Sociedade Militar (Universo – leitores da Revista) – Cerca de 77% acreditam que a intervenção militar seria a melhor solução para o Brasil.
Diante do que foi apresentado é justo acreditar que a sociedade brasileira tem os militares em alta conta e que é verdade que a chamada intervenção MILITAR passa pela cabeça de muita gente.
O General Villas Bôas reiteradamente declara que a sociedade brasileira não mais precisa ser tutelada. O militar acredita que a sociedade pela primeira vez participa ativamente e até mesmo protagoniza um intenso movimento de rejeição contra o estamento estabelecido há mais de 15 anos e que por isso não seria sadio intervir no processo, saltando etapas e tutelando a sociedade ao “reiniciar o sistema” através de uma intervenção militar.
Chefes militares observam atentamento o processo em curso e acreditam que em qualquer resultado o país não sairá do “eixo de normalidade” a ponto de ser necessária uma intervenção das Forças Armadas.
Revista Sociedade Militar