Ronaldinho, Rivaldo e Bolsonaro 17, um acaso absurdo de intromissão estrangeira
O fato do BARCELONA ameaçar os jogadores Ronaldinho e Rivaldo por estes terem se manifestado a favor de JAIR BOLSONARO, além de se configurar como terrível falta de ética e respeito para com milhões de brasileiros – a maioria, aliás – é um intromissão absurda nos direitos dos jogadores, que antes de atletas veteranos do time, são cidadãos brasileiros.
Ronaldinho, junto com uma fotografia usando o número 17 em uma camisa da seleção, postou no twitter: “Por um Brasil melhor, desejo paz, segurança e alguém que nos devolva a alegria. Eu escolhi viver no Brasil, e quero um Brasil melhor para todos”.
Rivaldo postou: “Os verdadeiros problemas do Brasil: crise econômica, desemprego, violência, saúde, educação e corrupção. O que discutem nessa eleição: ideologia de gênero, machismo, racismo e feminismo. No dia 28 vai ser todo o Nordeste votando 17. Chega de sermos enganados.”
O jogador completou: “O voto vai eleger um presidente e não um pai. Precisamos que ele (Bolsonaro) resolva os problemas do nosso país e que não nos ensine valores, isso temos que aprender na escola e em casa“.
Em outra postagem, após uma enxurrada de críticas, disse: “… sei que com ele virão grandes mudanças. Esta é minha opinião e respeito a de todos. Uma ótima semana”.
Os brasileiros têm o direito de se expressar e de escolher livremente seus candidatos, impedir isso é autoritarismo.
A Revista Sociedade Militar resolveu aguardar vários dias antes de publicar essa nota, acreditávamos ainda que a grande mídia tocaria no ponto da forma correta, mas não aconteceu. Ao contrário de apoiar o jogador a imprensa brasileira publicou notas tendenciosas como: “o apoio de Ronaldinho e Rivaldo a Jair Bolsonaro CONSTRANGE o Barcelona”.
Se o jogador tivesse apoiado qualquer outro candidato e o BARCELONA reclamasse disso, haveria manifestações ruidosas de afronta ao direito de expressão, fascismo no esporte e coisas do tipo. É lamentável que até profissionais de imprensa ligados ao esporte também se submetam à pressão da maioria.
A diretoria do clube “pretende se descolar da imagem dos ex-jogadores, sobretudo de Ronaldinho, que também é embaixador internacional do clube. Segundo Vives, os dirigentes ainda avaliam tomar uma decisão sobre a manutenção do vínculo com os brasileiros.”, diz o jornal El Pais.
É necessário que daqui pra frente os contratos celebrados sejam bem claros para que a liberdade de expressão seja garantida aos atletas no que diz respeito a posicionamento político. Lembrando ainda que os brasileiros não precisam do BARCELONA. Muito pelo contrário, é o BARCELONA que lucra com a marca e produtos patrocinados vendidos em lojas de todo o Brasil, é o Barcelona que precisa da audiência brasileira em seus jogos…