Elas podem tudo! Serviço militar exclusivamente masculino é considerado inconstitucional por juiz norte-americano
Na sexta-feira, um juiz federal no Texas decidiu que a atuação em combate deve ser aberta para ambos os sexos, sem qualquer distinção entre homens e mulheres. Ele considera que homens e mulheres são igualmente capazes de lutar.
A ação na verdade era uma reclamação vindo de ativistas de direitos masculinos. Estes reclamam que homens são obrigados a se alistar nas forças armadas enquanto as mulheres não o são. Jovens que não se alistam podem sofrer várias sanções.
“Forçar apenas homens a se registrar é algo institucionalizado socialmente que ajuda a reforçar os estereótipos que apoiam a discriminação contra homens em outras áreas“, diz um advogado no pleito apresentado a justiça.
A decisão deu o que falar nos Estados Unidos e foi considerada como um duro golpe contra os sistemas de seleção militar norte americanos que, começando pelo alistamento obrigatório, privilegiam a contratação de homens para as forças armadas, assim como ocorre no Brasil.
O Juiz Distrital Gray Miller decidiu nessa sexta-feira que, embora existam restrições antigas às mulheres para atuação em combate a coisa não passa do que chama de “discriminação passada”.
Disse ainda “A Constituição exige que o Congresso trate todas as pessoas da mesma forma… “
Assim como ocorre no Brasil no que diz respeito a alguns assuntos, o parlamento tem demorado a decidir sobre questões históricas que envolvem gênero. Como resultado disso o poder judiciário tomou a decisão. O juiz Miller disse que o Congresso vem debatendo a questão desde 1980 sem apresentar uma solução. O juiz disse ainda que os parlamentares nunca examinaram realmente se os homens são fisicamente mais capazes de servir nas forças armadas do que as mulheres.
O juiz, que foi policial e oficial da marinha mercante, chegou a dizer que “a mulher comum poderia ser melhor preparada fisicamente para algumas das posições de combate de hoje do que o homem é, dependendo de quais habilidades a posição exigia. Os papéis de combate não exigem mais uniformidade na estatura ou quantidade de músculos”.
Revista Sociedade Militar – De V.F. / Boston