Comandante de porta-aviões demitido porque exigiu providências para tratamento dos militares com CORONAVÍRUS pode ter comando restabelecido
Brett Crozier, que foi demitido na semana passada do cargo de comandante do porta-aviões Theodore Roosevelt pode ter sua função restabelecida caso seja comprovado que agiu acertadamente ao exigir do Pentágono que acelerasse as providências para tratar sua tripulação com coronavírus
Segundo Mark Esper, secretário de defesa dos EUA, há uma “porta aberta” para restabelecer o ex-comandante do porta-aviões, capitão Brett Crozier.
Crozier, atualmente, com 50 anos de idade, era o comandante do porta-aviões nuclear norte-americano Theodore Roosevelt, um navio com mais de 330 metros de comprimento e cerca de 4 mil tripulantes. Na segunda-feira passada, Crozier enviou para as redes sociais a mesma carta que já tinha enviado dias antes ao alto comando da Marinha dos Estados Unidos.
“Nós não estamos em guerra. Marinheiros não precisam morrer. Se não agirmos agora, não conseguiremos cuidar adequadamente do nosso patrimônio mais confiável – nossos marinheiros”.
O assunto era mais que urgente: o porta-aviões necessitava ser evacuado de forma imediata por causo do crescente número de militares contaminados pelo coronavírus. A demora da resposta vinda do alto comando levou o oficial a tornar pública a sua solicitação. E deu certo, ao atirar a história nas redes sociais e jornais não demorou mais que 24 horas para que a Marinha determinasse a evacuação do Theodore Roosevelt.
Testes realizados comprovam que mais que 10% da tripulação do navio estão contaminados. Ainda faltam os resultados de mais de mil marinheiros.
Thomas Modley, secretário executivo da Marinha, auxiliar de Trump, queria ainda expulsar da Marinha o ex-comandante do porta-aviões, mas não teve força política para tal ato. As imagens da tripulação aplaudindo Brett Crozier, se reunindo ao seu redor e gritando seu nome ao desembarcar influenciaram a opinião pública e congressistas.
Quem na verdade caiu foi o secretário executivo da Marinha. O poder da opinião pública prevaleceu e o ex-comandante hoje é visto como um herói que decidiu enfrentar todo o sistema para proteger seus subordinados. Quanto a Modley, foi obrigado a renunciar.
O novo secretário executivo já assumiu e – segundo o secretário de DEFESA, já recebeu uma recomendação de preservar Brett Crozier: “Uma das coisas que eu disse a eles é esta: nenhuma outra ação será tomada contra o capitão Crozier até que a investigação seja concluída. E, uma vez concluído, veremos aonde isso nos leva.”