O general RAMOS, ministro-chefe da Secretaria de Governo, que está ainda na ativa, teve que se justificar com colegas na reserva por conta da aproximação com o CENTRÃO. Durante sua campanha Jair Bolsonaro afirmou várias vezes que não cederia aos apelos da Velha Política e a decisão de entregar cargos que administram bilhões de reais nas mãos de políticos considerados pouco confiáveis tem causado grande decepção na reserva das Forças Armadas.
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Além dos generais e oficiais superiores de pijama, a base eleitoral de Bolsonaro, que é formada por graduados e oficiais de baixa patente e que só no Rio de Janeiro, domicílio eleitoral de Bolsonaro e seus filhos, congrega cerca de 270 mil militares considerados como grandes influenciadores, também tem se afastado perigosamente, demonstrando-se cada vez mais arredia em relação a alguns posicionamentos do governo. Muitos estão com um “pé atrás” desde a sanção da lei 13.954, considerada por muitos como vantajosa para a cúpula das FA e prejudicial para pensionistas e militares na reserva.
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Ramos teve que se explicar, em uma mensagem enviada aos integrantes da sua turma – 1979 – da AMAN , o oficial explicou que pelo crivo de Bolsonaro “não passa nada que não seja republicano, legal e ético… Senhores, estou aqui pelo Brasil! Achei que essa missão seria cumprida e eu pudesse retornar para minha farda ainda este ano, mas a guerra continua e não tem data para o armistício, e não posso abandonar minha posição”.
A aproximação exagerada com governos sempre foi temida pelos oficiais mais influentes. Muitos militares comentam que se chegou a um ponto em que as decisões do governo são consideradas decisões dos militares e vice-versa.
“… é inevitável, se Bolsonaro fizer cagada a coisa espirra nas Forças Armadas… O Ramos, por exemplo, é da ativa, ele jamais poderia voltar ao Alto Comando se o próximo governo for para as mãos de um adversário político de Bolsonaro”. Diz um oficial na mesma rede social.
Ramos tem dito que é indispensável uma formação de base no Congresso Nacional e que sem isso no Brasil nenhum presidente governa.
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O general diz também que “A imprensa ideológica parcial é nociva e buscará a todo custo denegrir a imagem das Forças Armadas, como tem feito ao longo de nossa história”.
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“Peço que o Exército confie em mim, como sempre confiou até a promoção ao último posto da carreira”, disse ao terminar o texto.
Revista Sociedade Militar
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VEJA: “A FARRA DAS MEDALHAS! ADVOGADO QUESTIONA EXÉRCITO SOBRE EXCESSO DE MEDALHAS CONCEDIDAS PARA POLÍTICOS E MAGISTRADOS