RSM - Revista Sociedade Militar
  • AO VIVO
  • Página Inicial
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Concursos e Cursos
  • Gente e Cultura
RSM - Revista Sociedade Militar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Início Forças Armadas

EXÉRCITO, O ENFRENTAMENTO SEM E COM PODER DE DISSUASÃO 

por Robson Augusto
03/08/2020
A A

Esta matéria aborda duas situações hipotéticas, restringindo-se, apenas, à participação da Força Terrestre, sem considerar a parte que caberá às demais forças irmãs. Em assim sendo, na tentativa de fazer o inimigo desistir da luta, antes que alcance nossa calha norte/fronteira terrestre setentrional/foz do Amazonas ou as bacias do pré sal, indiscutivelmente, o EB vai atuar empregando primeiro sua artilharia de foguetes e mísseis.

Considerando a primeira hipótese, ou seja, a do enfrentamento pelo EB, sem poder de dissuasão. Neste caso, a Força Terrestre dispõe apenas do míssil AVM- 300 (km), limitado em alcance/carga pelo “MCTR”, com seu único grupo de foguetes e mísseis/GAFM aquartelado ainda em Formosa/GO, portanto tiranicamente distanciado daquelas regiões que, fatalmente, serão investidas por poderosos oponentes mais do que prováveis.

   Vamos então à luta! Eis que uma armada integrada por belonaves de países membros permanentes do CS/ONU zarpa do Mar do Caribe no rumo daquelas regiões cobiçadas. As unidades de artilharia de costa não existem mais. Agora, em seu lugar, um projeto, o  “ASTROS II”, concentra toda uma pletora de meios num centro para desenvolvimento/formação para artilharia de foguetes e de mísseis em Formosa/GO, existindo até um GAFM, mais precisamente o 6º para os testes e adestramentos pertinentes. Só que “uma só andorinha não faz verão”. A unidade, concentrada/isolada no planalto central brasileiro, tem que “correr atrás do prejuízo”, desovando suas baterias, duas para o extremo norte e uma para o litoral.

   O apronto operacional para o transporte aéreo das baterias, que não estava concluído, obrigou a subunidade destinada ao litoral para proteção do pré sal a se deslocar por estradas esburacadas já batidas por fogos longínquos disparados do alto mar, sem possibilidade de pronta resposta pelos nossos meios em deslocamento. Esta seguiu para a costa santista, confiante na bateria astros II do Corpo de Fuzileiros Navais/CFN aquartelada  no Rio de Janeiro. Todavia, um verdadeiro “Deus nos acuda”, todas as demais chegaram em seus destinos sem tempo para o adestramento antecipado da ocupação das respectivas posições principal, de muda e suplementares, tão necessárias para se furtarem ao tiro de contra bateria lançado pelo inimigo.

   Mas a armada da coalizão alienígena “não estava nem aí”, confiante no alcance/carga de seus mísseis de cruzeiro, bem superiores aos correspondentes ínfimos do AVM 300, limitações impositivas por ajuste de “lesa pátria” que negaram ao País o direito, mais do que legítimo, de dissuadir antes de lutar. Em assim sendo, não é difícil concluir, o resultado, com essas condições, que não se duvide, foi o pior possível para as FFAA e povo brasileiro, na medida em que fomos obrigados a empregar, no prosseguimento, a chamada “estratégia da resistência” que, todos sabemos, se caracteriza pelo máximo de desgaste, em conflito de longa duração, com sacrifícios humanos inimagináveis. Em resumo, o País foi transformado num gigantesco Vietnã!

Vamos agora visualizar o que poderia acontecer se a Força Terrestre dispusesse de meios defensivos convincentes para se obter uma dissuasão extrarregional. O país denunciou o humilhante “MCTR”, imposto pelos países membros permanentes do “CS/ONU”, por pressão do alto comando das FFAA junto ao Congresso Nacional. Os meios da artilharia de foguetes e mísseis foram providenciados e alocados com antecedência para adestramento da entrada nas posições principal, de muda e suplementares, porém, os “soldados universais”, mesmo assim, vão pagar para ver.  A luta começa!

A mesma armada integrada por belonaves de países membros permanentes do CS/ONU zarpa do Mar do Caribe no rumo das Amazônias verde e azul.  O EB, que havia priorizado com rigor a entrega das viaturas plataformas de ASTROS II, no lugar das VBTP Guarani, agora dispõe: no semi arco Tabatinga/AM, São Gabriel da  Cachoeira/AM, Boa Vista/RR, Macapá/AP, Belém/PA, de cinco baterias, uma em cada localidade, todas dotadas com vetores de respeito/VDR 1500/2500 km, sem limite de carga, que permitem o recobrimento dos setores de tiro bem distante da linha de fronteiras, em toda a sua extensão; no semi arco São Luiz/MA (ou Alcântara/MA), passando por Fortaleza/CE, Natal/RN, Aracajú/Se, Salvador/BA, Vitória/ES, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, Florianópolis/SC, Rio Grande/RS, de dez baterias, todas armadas com o mesmo míssil, viabilizando agora o recobrimento dos setores de tiro bem distante da linha do litoral/costa.

   O cruzador US Camp Saint George, que já ultrapassou a ilha de Porto Rico, vislumbra uma rajada de advertência lançada pela bateria ASTROS II localizada em Macapá/AP, que causa avarias no entorno da Quarta Frota. Valeria à pena revidar? É a indagação  que se faz.  Não seria melhor preservar a vida dos tripulantes de toda uma esquadra em deslocamento? Que ninguém duvide, “olho vivo pé ligeiro”, a esta altura dos acontecimentos nossa bateria, que não pode vacilar, já está se deslocando para uma posição de muda, prevendo terceiro lanço para a próxima posição suplementar, movimentos que ensaiou em várias jornadas com vistas a se furtar ao fogo de contrabateria. Em verdade, nossa artilharia de foguetes e mísseis não bate mais apenas (no afogadilho) até 300 km a partir da linha de fronteira ou do contorno do litoral/costa, podendo ultrapassar até mais do que oito vezes o alcance do AVM 300.

   O resultado final, nestas circunstâncias, com certeza, é bem menos oneroso no final da contenda, na medida em que, com sorte, o “dever de casa” pertinente tenha sido igualmente bem feito pelas demais forças irmãs.  Neste caso, evita-se empregar a chamada “estratégia da resistência” que, todos sabemos, implica em desgaste sobre humano, de longa duração, com sacrifícios inimagináveis só vivenciados durante o conflito enfrentado pelos americanos no sudeste asiático durante o século passado.

Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado-Maior

Ver Comentários

Artigos recentes

  • GM surpreende com nova bateria para veículos elétricos militares: As guerras vão mudar daqui pra frente 12/05/2025
  • Orgulho Nacional: 10 veículos militares feitos no Brasil que impressionam o mundo 12/05/2025
  • O salário no estágio da EMBRAER: R$ 2.400, com 200 vagas, técnico e universitário 12/05/2025
  • Controladores de voo fazem bicos com Uber para complementar renda: realidade de estresse e baixos salários atinge setor essencial da aviação brasileira 12/05/2025
  • AMAN é derrotada na justiça: violação grave de princípios e garantias para os cadetes que estudam na instituição 12/05/2025
  • Enquanto Lula abraça Vladimir Putin, Marinha do Brasil faz acordo com potência nuclear da OTAN 12/05/2025
  • “EUA disparam monstro laser NIKE”: o raio mais potente do mundo agora é usado para turbinar ogivas nucleares de última geração em segredo militar nos laboratórios da Marinha 12/05/2025
  • Conheça a história do Exército Brasileiro, que nasceu no centro da batalha e foi da Proclamação da República à Segunda Guerra Mundial, tornando-se símbolo de glória e resistência em meio a golpes e guerras 12/05/2025
  • Honda revela moto elétrica futurista na China e reforça compromisso com durabilidade extrema nas duas rodas 12/05/2025
  • Embraer conclui turnê de demonstração do KC-390 millennium nos EUA com expectativas promissoras 12/05/2025
  • Sobre nós
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade e Cookies
- Informações sobre artigos, denúncias, e erros: WhatsApp 21 96455 7653 não atendemos ligação.(Só whatsapp / texto) - Contato comercial/publicidade/urgências: 21 98106 2723 e [email protected]
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Conteúdo Membros
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Concursos e Cursos
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Gente e Cultura
  • Autores
    • Editor / Robson
    • JB REIS
    • Jefferson
    • Raquel D´Ornellas
    • Rafael Cavacchini
    • Anna Munhoz
    • Campos
    • Sérvulo Pimentel
    • Noel Budeguer
    • Rodrigues
    • Colaboradores
  • Sobre nós
  • Anuncie
  • Contato
  • Entrar

Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.