Aldo Rebelo, concorrendo ao senado pelo estado de São Paulo e agora pelo PDT, poucos dias antes das eleições divulgou em suas redes um vídeo com a mensagem recebida de Villas Bôas, general reformado que comandou o Exército bem recentemente.
A campanha de Aldo, apesar do apoio do general, não foi bem sucedida, ele recebeu apenas 230 mil votos, bem menos que concorrentes considerados novatos na política, como Janaina Paschoal e Marcos Pontes, que venceu a disputa, com mais de 10 milhões de votos.
Villas Bôas, na época em que comandava a força era chamado de comunista por resistir aos apelos insistentes de intervenção militar, que desde 2014 cresciam na internet e em manifestações de rua. A amizade do general com Aldo Rebelo, que pertencia ao PCdoB, era também muito criticada.
O general sempre disse que há um sistema de freios e contrapesos eficaz no país, que – independente do indivíduo que ocupe a presidência – impediria que qualquer arroubo autoritário nos atire no caos.
A nota em apoio a Aldo Rebelo, além da divulgação em redes sociais do político, foi divulgada pelo canal de Robinson Farinazzo.
“Conheci o então Deputado Federal por São Paulo, Aldo Rebelo em 2001, ano em que eu exercia função de chefia da Assessoria Parlamentar do Exército. Rapidamente verifiquei tratar-se de um parlamentar identificado com nossas causas e, sobretudo com nossos valores. Se referia a nós como os “patriotas”. Em inúmeras oportunidades a ele recorremos, buscando apoio no andamento de Projetos de Lei de nosso interesse. Invariavelmente acolhia nossas propostas, o que ensejou que estreitássemos a amizade pessoal e com o Exército. Logo constatei que aquele alagoano na verdade tinha uma visão muito mais ampla sobre o Brasil. Ele sim, patriota, preocupava-se com tudo que se relacionasse com o fortalecimento, a segurança e a grandeza do país. Nascido e criado em ambiente rural no interior, sabe interpretar a alma e as esperanças das pessoas simples do chamado “Brasil profundo”.
No ano seguinte, 2002, assumiu a presidência da Comissão de Defesa e Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, sua vocação natural. Tomou a frente na defesa de questões nas quais ele sabia identificar as ameaças que os desdobramentos futuros acarretariam. Foi emblemática a posição adotada em relação à demarcação da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol. Era um dos poucos, talvez o único, que compreendia tratar-se da questão de estado e as implicações sociais decorrentes do desconhecimento daquela realidade. Ele sabia que os prejudicados seriam os indígenas, além trazer vulnerabilidade para a faixa de fronteira e sérios prejuízos para a economia de Estado de Roraima.
Após exercer a liderança da bancada do governo e a presidência da Câmara, foi sucessivamente nomeado Ministro da Ciência e Tecnologia e da Defesa, quando mais uma vez nós nos aproximamos, pois eu já comandava o Exército. Aldo ainda prestou uma enorme contribuição ao equilibrar o desenvolvimento com proteção ambiental no código florestal que diligentemente elaborou. Consultou literalmente todos os setores implicados, resultando no mais avançado sistema de proteção ecológica e de proteção de florestas nativas do mundo. As ideias e os ideais de Aldo estão registrados no imperdível livro “O Quinto Movimento”. Trata-se de um roteiro que recomenda ao país, com a sensibilidade, a profundidade e a abrangência próprias de um patriota que conhece e ama o Brasil. Vejo na disposição de concorrer ao Senado, a intenção de ocupar uma posição de onde possa seguir servindo a São Paulo e ao país. Talvez tenha sido o único estadista brasileiro que tive a felicidade de conhecer pessoalmente.”