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A relação estreita entre o CRIME ORGANIZADO e o SOCIALISMO / COMUNISMO

por Sociedade Militar
01/02/2023
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CRIME ORGANIZADO E O SOCIALISMO / COMUNISMO – O crime organizado tem histórica relação afetuosa com a esquerda brasileira. Sua origem mais moderna e estruturada surgiu o Presídio de Ilha Grande quando o governo militar resolveu juntar presos políticos com presos comuns.

Alguns defendem uma tese não comprovada de que seria uma forma de punir mais severamente os criminosos com motivações políticas. Particularmente, não creio que tenha sido essa a intenção. Haveria outras maneiras de isolar e até maltratar mais os prisioneiros, caso fosse o objetivo, levando-os para regiões remotas do país.

A questão é que dali se formou a Falange Vermelha que viria a ser o Comando Vermelho, que dominou os morros cariocas e posteriormente surgiram outras quadrilhas tão organizadas e poderosas quanto eles.

comando vermelho e comunismo imagem PMPA
Imagem / Fonte: Polícia Militar Estado do Pará

Quando Leonel Brizola assumiu o governo do Rio de Janeiro em 1983, teve muito apoio das comunidades cariocas, que sempre foram ignoradas pelo poder público. A relação entre crime organizado e a comunidade que dominam é muito estreita, não devido a promiscuidade daquelas pessoas e sim por uma questão de convivência e sobrevivência, já que o crime assume a função de estado, tanto na organização social, como na distribuição de justiça e “benefícios sociais”. O mais promíscuo nessa relação é o estado que por vezes ignora esse submundo e em outras se aproveita.

Brizola fez a sua parte, proibiu a polícia de subir os morros e até mesmo os helicópteros de realizarem sobrevoos. Não precisa ser um gênio da Segurança Pública para saber quais foram os resultados. O tráfico, como uma empresa, trabalha com o mercado. A polícia era um fator de perda, tanto de material físico quanto humano e também desestruturava a estrutura causando prejuízos. Sem esse incomodo, foi só prosperidade, aumento de vendas, arrecadação e poder.

A filha de Brizola, Neusinha, foi namorada de um traficante. Chegou a levar um tijolo de um quilo de cocaína pra casa, descoberto pelo pai, que de acordo com o que ela relatou em seu livro, o velho deu um fim na droga. Ela conta isso em seu livro Sem Mintchura.

Curiosamente, após décadas, o Ministro do STF, Edson Fachin, encontrou o subterfugio perfeito para repetir o que Brizola fez: a pandemia do COVID. Na prática, proibiu novamente as operações da polícia carioca nos morros. Tanto Brizola quanto Fachin são esquerdistas. O Ministro foi simpatizante do Movimento dos Sem Terra e declarou apoio a campanha de Dilma Rousseff para presidente.

Nossos vizinhos da América do Sul tem um terrível histórico com a esquerda, geralmente o desfecho é morte e ditadura. A forma mais fácil de financiar isso foi com o narcotráfico, o que transformou alguns países em narco – estados. Os três maiores produtores de cocaína do mundo são nossos vizinhos e o Paraguai é o maior produtor de maconha da América do Sul.

Basta estudar um pouco a ideologia e descobrir que esse caminho é óbvio. Se para eles os fins justificam os meios, qual o problema de traficarem drogas para o mundo se será em benefício da revolução?

A narrativa é outra forte arma da esquerda, então palavras como democracia, direitos humanos, fascismo, ganham outro sentido. Então, quando Fidel Castro contou sobre como se beneficiava do tráfico para Hugo Chávez, ele ficou surpreso, mas o argumento foi ótimo – “Ao mesmo tempo que financiamos a revolução, ajudamos a destruir o imperialismo americano, pois eles são os maiores consumidores de droga do mundo”. Isso foi bem documentado no livro Hugo Chávez, O Espectro.

A economia desses países se sustenta com as drogas, as drogas financiam políticos. Alguém em sã consciência acredita que narcoditadores comunistas irão combater o tráfico de drogas? 

No Brasil, a omissão do estado nas favelas cariocas criou um contraponto interessante. Uma evolução do crime organizado – as milícias. Como o estado era incapaz de combater o tráfico e a mídia sempre teve certa simpatia, agentes e ex-agentes de forças de segurança como a Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros, etc., resolveram tomar iniciativa, fazendo justiça com as próprias mãos e tomando territórios.

A princípio, impuseram mais ordem, aboliram o tráfico de drogas e até mesmo o consumo. Em alguns casos fizeram obedecer a lei da preservação da paz e do silêncio, controlando os “pancadões”.

Idealismo? Claro que não. Uniram o útil ao agradável. Esses profissionais viviam (ainda vivem) oprimidos pelo estado e pelo crime organizado. Como em geral ganham muito mal, precisam conviver em locais de risco, seus filhos estudam em escolas públicas e nem podem falar que os pais são policiais.

Em um primeiro momento resolveram tomar o controle da situação para a própria segurança e de suas famílias. Mas também sabiam que o crime gerava muito lucro e que não se limitava ao tráfico de drogas. Logo estruturaram uma competente administração criminosa com transporte clandestino, venda de segurança, jogos, venda e distribuição de água, gás, sinal de internet, etc. Atém mesmo na construção civil, irregular e perigosa. Alguns partiram para o tráfico.

Os políticos não ficariam de fora, e os milicianos também sabiam que precisavam desse apoio para se manterem. Logo começou o financiamento para esses simpatizantes, dessa vez, mais a direita ou indiferentes a posições ideológicas.

Ainda que de forma inconsciente ou devido à doutrinação produzida por décadas da esquerda não só no poder, mas nos meios culturais e da mídia, a estrutura desse estado paralelo que o crime organizado exerce em todo o Brasil, se assemelha ao socialismo em diversos aspectos:

COMANDO ÚNICO

Um regime comunista não permite oposição. Ou comanda o país com um único partido (que pode até ter uma oposição interna) ou mantém o culto a personalidade, como Stalin, Fidel Castro, etc.

A organização criminosa segue o modelo, unipartidário. O PCC se intitula como partido.

ANTIDEMOCRÁTICO

Uma das estratégias é o desvirtuamento das palavras, como exemplo o uso da palavra democracia em países totalitários: República Popular Democrática da Coréia (do norte), ou definições como “democracia socialista” utilizada nesses países que não permitem posições contrárias.

No caso das áreas dominadas pelo crime, isso interfere diretamente na democracia do país. Os moradores são direcionados a votarem em candidatos determinados pelos criminosos, são proibidos de fazerem qualquer propaganda política de outros candidatos, principalmente os ligados a área de segurança, e esses candidatos não podem adentrar a essas áreas por risco de morte. Curiosamente, vimos nas últimas eleições Luiz Inácio da Silva adentrar em carro aberto no Complexo do Alemão sem apoio ostensivo da polícia, coisa que seria impossível ao outro candidato.

COLETIVISTA

O socialismo é coletivista, o bem coletivo se sobrepõe aos direitos individuais. Um exemplo claro disso é a visão que possuem sobre a propriedade privada, que não consideram como um direito sólido e também o direito a legítima defesa, proibindo o porte de armas, entendendo que o estado possui o monopólio da violência. Na prática, ainda que nos países democráticos socialistas haja o direito a legítima defesa em lei, essa possibilidade é quase nula pois impossibilitam os meios necessários para exercê-la.

O crime enxerga a sociedade como um todo e suas ordens são as que devem ser obedecidas. Mesmo sob suas regras, a visão aplicada que beneficia o controle é voltada para o coletivo, não existe o individualismo, não há direitos individuais.

AÇÕES SOCIAIS

A maior propaganda do socialismo são as ações sociais, que realmente são importantes em qualquer governo, contudo, maus governantes utilizam esses tipos de ações arquitetadas de uma forma que se tornem ferramentas para uma escravidão eleitoral.

É verdade que as áreas dominadas pelo crime são de culpa majoritária do estado, e não há vácuo no poder. A empatia pelos moradores não pode ser descartada, mas as ações dos criminosos são uma forma de exercerem o seu poder e uma ação psicológica para envolver a sociedade a seu favor.

Não raramente, parte dessas ações são realizadas com a distribuição de cargas roubadas, afinal, socialismo com dinheiro dos outros é muito fácil, não difere muito do que alguns governos fazem.

BRAÇO ARMADO OPRESSOR

Um país totalitário precisa das suas Forças Armadas não só para combater inimigos externos, mas para manter o povo oprimido, sem forças ou moral para enfrentar o sistema.

O crime precisa de seu exército para combater a polícia, quadrilhas rivais e também manter a comunidade sob suas regras.

PROPAGANDA

A URSS investiu em Hollywood, pagou jornalista do New York Times, financiou intelectuais, entre outras tantas estratégias de propaganda para beneficiar sua imagem perante o povo e o mundo.

O crime organizado sabe que a opinião pública pode pressionar o estado a tomar ações contra as organizações criminosas. A glamourização das favelas pela grande mídia ajuda muito. Dessa maneira os criminosos também ganham dinheiro permitindo excursões de estrangeiros pelos morros cariocas e baladas caras que atrai a classe alta e média. É claro que o consumo de drogas nesses locais é alto.

Os líderes comunitários são o elo com o crime, são indicados pelos chefes, e fazem a sua parte. Ajudam a glamourizar a favela e criticam as ações policiais.

As semelhanças não são meramente por afinidade ideológica, mas sim o desenvolvimento das organizações criminosas em áreas degradas socialmente, fez com que se organizassem da melhor forma possível para manter o controle, o que acabou coincidindo com o histórico da esquerda no Brasil e na América do Sul, bem como nas ditaduras.

Cada área dominada pelo crime é uma pequena república narcoditadora socialista.
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Davidson Abreu / Analista de Segurança Pública com mais de 29 anos de experiência. Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas.  Professor, Escritor e palestrante.

Autor do livro Tolerância Zero e outros.
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Atenção! A editoria da Revista Sociedade Militar não necessariamente concorda ou discorda dos textos assinados por colaboradores, a publicação integral é parte de nossa política de discussão livre sobre assuntos relacionados às Forças Armadas, política e instituições de segurança brasileiras.

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