O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI, General Gonçalves Dias, solicitou a sua demissão do cargo. O anúncio veio após vazamento de um vídeo, divulgado pela CNN, mostrando o chefe do Gabinete dentro do Palácio do Planalto durante as invasões do dia 8 de janeiro.
Conforme noticiado na Revista Sociedade Militar, as imagens sugerem que o Ministro-chefe estava ciente das invasões. O deputado Nikolas Ferreira, do PL, chegou inclusive a levantar a hipótese que o General poderia ter cometido crime de “omissão na defesa dos prédios federais”, ao não fazer nada para impedir a invasão e depredação da sede dos Três Poderes.
Essa a primeira baixa no alto escalão do governo Lula, antes mesmo de completar 4 meses no cargo.
A função principal do Gabinete de Segurança Institucional é a de efetuar a segurança do Palácio. No entanto, além do General, as imagens mostram outros militares do órgão ao lado dos invasores. Uma das imagens flagrou um capitão que seria militar do GSI cumprimentando um invasor pouco depois da destruição do Relógio Histórico de Dom João VI.
(foto: Redes Sociais/Reprodução)
O Metrópoles informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência para discutir o assunto com seus ministros. Nessa reunião é que teria sido decidida a demissão do Ministro-chefe Gonçalves Dias.
Notas da Secretaria de Comunicação da Presidência e do GSI
Após a saída do General, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou que “não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro”. A nota chama os atos de “violência terrorista contra os Três Poderes da República” e responsabiliza “equipes remanescentes da gestão anterior”, que já teriam sido afastadas após o episódio.
O GSI também emitiu comunicado. Na nota, o Gabinete diz que “as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança, que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos”.
O documento ainda afirma que as condutas dos agentes que aparecem nas imagens serão apuradas. “Se irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”., termina a nota.