Comandante do Exército pede 1.6 bilhões para valorizar os sargentos
“Tudo isso para valorizar a carreira da praça. Então, essa é uma grande iniciativa…”
Em uma reunião tumultuada, ocorrida na Câmara dos Deputados em 17 de maio, onde foi cobrado principalmente por questões salariais relacionadas à tropa, que em grande parte acredita que os últimos aumentos beneficiaram principalmente a cúpula, o Comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, apresentou aos parlamentares um projeto de modificação na estrutura da formação dos sargentos de carreira da força terrestre.
O general Thomas Miné disse que precisa de 1.6 bilhões de reais para realizar a transferência da formação dos sargentos da tropa para o estado de Pernambuco, onde pretende concentrar os vários cursos existentes em apenas um local, próximo de Abreu e lima. O oficial general destacou que o curso de sargento do exército é um concurso extremamente disputado com cerca de 100 candidatos para cada vaga disponibilizada.
Trecho da fala do Comandante do Exército sobre a necessidade de verba para a construção da academia de sargentos em Pernambuco
“Dentro desse contexto, eu queria apresentar um projeto aos senhores, que a bancada de Pernambuco já conhece. Nós temos um projeto que prioriza a formação do nosso sargento, à semelhança do que foi feito em 44, com a transferência da Academia Militar das Agulhas Negras, da Escola Militar de Resende, do Rio de Janeiro para Resende, que é o berço da formação dos nossos oficiais. Nós estamos buscando agora o estado da arte na formação do nosso sargento.
Para os senhores terem uma ideia, nós fechamos agora o número de inscritos para o concurso de sargento. Nós temos mais de 100 candidatos por vaga para a profissão de sargento do Exército. Então, hoje a nossa formação de sargento é feita em três escolas de corpo de tropa e mais três escolas que ficam em Três Corações, Rio de Janeiro e Taubaté. Nós queremos centralizar tudo nos arredores do Recife, mais especificamente em Abreu e Lima.
O custo é de 1,6 bilhões de reais. Seria recurso de uma norma patrimonial que nós temos com Brasília. O Governo de Pernambuco teria que desembolsar na ordem de 110 milhões de reais, que não são nem 10% do investimento.
Custeio e contratação de serviço de 30 milhões ao ano.
Efetiva geração de empregos para construção, com 11 mil, quase 12 mil diretos, 17 mil a 18 mil indiretos. Folha de pagamento de 211 milhões por ano. Oportunidade de emprego e recrutamento de cerca de mil cabos e soldados. Tudo isso para valorizar a carreira da praça. Então, essa é uma grande iniciativa, um grande projeto, que conta com o apoio seguramente da bancada de Pernambuco, do nosso Ministro e da Governadora do Estado.”
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar