Departamento de Estado denunciam o grupo Wagner, exército de mercenários contratado por Putin
O Departamento de Estado dos Estados Unidos da América publicou uma nota nesta tarde de segunda-feira , 17/05/2023, sobre a atuação do grupo mercenário Wagner, que hoje presta serviços para Vladimir Putin.
Matthew Miller, porta-voz do departamento
Os Estados Unidos estão chocados com o desrespeito pela vida humana exibido por elementos das Forças Armadas do Mali em cooperação com o Grupo Wagner apoiado pelo Kremlin – uma organização criminosa transnacional – durante a operação em Moura, Mali, em março do ano passado. Como dissemos antes, o Grupo Wagner é uma força desestabilizadora cujo pessoal se envolveu em um padrão contínuo de abusos, incluindo assassinatos em estilo de execução, violência sexual e tortura no Mali e em outras nações que lutam contra a instabilidade.
Os Estados Unidos continuam ao lado do povo do Mali na luta contra o terrorismo. Os abusos e violações dos direitos humanos, como os cometidos em Moura, servirão apenas para levar os civis prejudicados às fileiras dos terroristas e outros grupos armados. Instamos o governo de transição a buscar uma investigação independente, imparcial, eficiente, exaustiva e transparente para responsabilizar os responsáveis, de acordo com a recomendação do relatório da ONU.
Elogiamos o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU por sua diligência e tenacidade na investigação desses abusos, que incluem estupro coletivo e outras formas de violência sexual, tortura e execuções extrajudiciais, especialmente à luz das restrições impostas pelo governo de transição à ONU. Missão Multidimensional Integrada de Estabilização no Mali (MINUSMA).
Recordamos que, desde que o Conselho de Segurança autorizou pela primeira vez a MINUSMA em 2013, ele encarregou a missão de acordo com o Capítulo VII da Carta da ONU para investigar e relatar alegações de violações e abusos dos direitos humanos.
É vital que a MINUSMA seja capaz de implementar este mandato sem impedimentos. Continuamos preocupados com as restrições do governo de transição à liberdade de movimento da MINUSMA, contrárias ao acordo de status das forças, e instamos o governo de transição a cumprir suas responsabilidades como país anfitrião de uma operação de manutenção da paz da ONU.