Em um cenário internacional cada vez mais tenso, diversas questões relacionadas à segurança e ao panorama nuclear têm despertado a atenção da comunidade internacional.
A mudança na política nuclear dos Estados Unidos, a cooperação em submarinos nucleares AUKUS, ou o uso de projetos de urânio empobrecido e a liberação de águas residuais químicas de Fukushima são alguns dos principais temas de preocupação.
Essa preocupação foi levantada pelo jornalista Zheng Zongwen, neste sábado (25), em artigo publicado no China Military, um portal de notícias e análises relacionadas às atividades militares da China.

Os submarinos AUKUS referem-se a um acordo trilateral de defesa entre os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, anunciado em setembro de 2021. O nome AUKUS é uma sigla que representa as iniciais dos três países envolvidos.
O acordo AUKUS tem como objetivo principal fortalecer a cooperação em defesa e segurança na região do Indo-Pacífico, particularmente no contexto das crescentes preocupações com a expansão militar da China.
Uma das principais iniciativas dentro do acordo é o desenvolvimento e a construção de uma frota de submarinos nucleares para a Marinha Real Australiana.
EUA fortalecem arsenal nuclear e parceria AUKUS causa preocupações globais, diz jornalista Chines
Segundo Zheng, os Estados Unidos vêm anunciando uma mudança significativa em sua política nuclear, com destaque para a ênfase na dissuasão nuclear e no fortalecimento de seu arsenal.
Estratégias de dissuasão em relação à China, Rússia e outros países estão sendo evolutivos, gerando preocupações sobre uma possível escalada armamentista e aumento das tensões geopolíticas.
Além disso, uma parceria entre os EUA, Reino Unido e Austrália no projeto de submarinos nucleares AUKUS tem suscitado intensas preocupações.
Essa cooperação, que envolve a transferência de tecnologia nuclear, é vista como uma ameaça aos esforços de não avançados nucleares e tem gerado bastante apreensão em outras regiões, como a Península Coreana e o Irã.
Envio de munições de urânio empobrecido para Ucrânia
Outro ponto de destaque é o envio de munições contendo urânio empobrecido do Reino Unido para a Ucrânia. Essa ação tem sido considerada controversa devido aos riscos associados a esse tipo de munição.
De acordo com o jornalista, especialistas alertam que essa estratégia provocativa pode aumentar a tensão e estimular um conflito nuclear, colocando em risco a segurança global.
Japão e as críticas por liberação de águas residuais de Fukushima
Já o governo japonês tem enfrentado críticas pela decisão de liberar as águas residuais químicas de Fukushima no oceano. Essa medida tem levantado questionamentos sobre a segurança e os efeitos negativos a longo prazo nas águas marinhas globais.
Além disso, a decisão contrasta com a posição do Japão em favor da paz e da não proliferação nuclear, gerando desigualdades perceptíveis.
Diante dessas questões relacionadas à segurança e a não proliferação nuclear, a comunidade internacional busca respostas e ações efetivas para evitar uma escalada de conflitos e preservar a paz global.
Para Zheng Zongwen, a solução está em diálogos diplomáticos e na busca por soluções cooperativas, visando a promoção da segurança, a não antecipação nuclear e a proteção do meio ambiente.