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Presidente da CREDN acusado de perseguir sargentos das Forças Armadas

por Sociedade Militar Publicado em 02/05/2023
Presidente da CREDN acusado de perseguir sargentos das Forças Armadas

Nós não somos generais, durante o último governo fomos esquecidos… falam que teve aumento.. teve pra generais e alguns da elite… ”, é o que se ouviu de um sargento da Marinha que estava nos corredores do Congresso Nacional, enquanto Glauber Braga, deputado do PSOL, conversava com outros militares sobre a possibilidade de levar o atual Ministro da Defesa para dar explicações na Comissão de Defesa Nacional.

Glauber Braga, parlamentar do PSOL, tem sido um dos poucos deputados federais que ousam se posicionar a favor de militares de baixa patente das Forças Armadas, que alegam ter sido abandonados durante o governo de Jair Bolsonaro.

Suboficiais, sargentos e pensionistas explicam que o aumento dado para os militares pelo último governo, na verdade, não alcançou a tropa e somente beneficiou aqueles que ocupam posições na cúpula das Forças Armadas e algumas poucas categorias que realizaram alguns cursos diferenciados. Com isso, alegam que os militares de baixa patente foram os únicos funcionários públicos que ficaram sem reajuste durante todo o governo Bolsonaro e agora também no início do governo Lula.

A categoria tenta agora pressionar o parlamento de diversas formas e, durante as últimas semanas, tem se empenhado em um abaixo-assinado que já conta com mais de 3.000 assinaturas de militares das Forças Armadas (veja abaixo). A proposta é alcançar pelo menos 10.000 assinaturas e levar o documento até o presidente da Comissão de Defesa Nacional, que é o deputado Paulo Alexandre Barbosa.

Em uma das últimas sessões da comissão, quando o requerimento de Glauber Braga para ouvir o ministro não foi recepcionado, o parlamentar perguntou se o presidente da comissão “tinha alguma coisa contra os praças das Forças Armadas” e afirmou que o presidente da CREDN estaria “perseguindo praças das Forças Armadas, ao rejeitar a pautação de um requerimento de audiência pública”.

Em artigo publicado em seu site, Glauber Braga diz que durante o governo Bolsonaro houve uma caçada contra militares de baixa patente que ousaram se posicionar contra o governo nas questões salariais. Glauber menciona também um acordo que foi feito no Senado para que a reestruturação apresentada pelos generais (Lei 13.954/2019) fosse aprovada em troca da criação de uma comissão para estudar as omissões que permaneceram no documento, deixando militares da base e pensionistas prejudicados.

” Os militares de patentes mais baixas, ainda relatam que no governo de Bolsonaro,  foi a verdadeira caça às bruxas empreendida contra eles que de alguma forma se posicionaram publicamente contra essas situações.”

O abaixo assinado no site CHANGE.ORG  já conta com mais de 3.900 assinaturas de militares e pensionistas das Forças Armadas

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