Segundo a jornalista Andréia Sadi, a Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O acordo ainda precisa passar pelo aval do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Cid foi ao STF no final da tarde de quarta-feira (6) confirmar que fará a delação.
O oficial do Exército Brasileiro é citado em investigações sobre o caso das joias, os atos de vandalismo do 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios e a falsificação de carteiras de vacina. Esta última é a razão pela qual ele cumpre prisão preventiva desde maio.
Segundo as investigações, o ex-ajudante-de-ordens é suspeito de participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita, e de tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais; entre outras suspeições.
O TIME DE ZÉ MÚCIO
Questionado sobre a delação de Mauro Cid, em entrevista ao GloboNews Mais, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, declarou que esse desenrolar das investigações deve ser positivo.
“Nós, das Forças Armadas, estamos mais curiosos e precisamos ter um protagonismo nisso. Não podemos ficar refém nisso.
Acho que as coisas estão a caminho de ser elucidadas. O clima de hoje [7 de setembro] mostra que nós estamos todos do mesmo lado. Evidentemente que tem alguns elementos, de forma isolada…
Eu dou muito o exemplo do jogo de futebol. Você tem um time. Tem um jogador indisciplinado. O juiz põe ele pra fora. Ele está com a camisa do time. Ele é expulso com a camisa do time. Ele sai de campo com a camisa do time. Mas não é o time”, disse José Múcio.