Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro discutiu com comandantes das Forças Armadas a possibilidade de um golpe de estado. As informações são do jornal O Globo e do UOL.
A crermos nas fontes jornalísticas, tudo indica que Exército e Aeronáutica “lavaram as mãos” ou pelo menos naquele momento fatídico emudeceram. Somente a briosa Marinha do Brasil, na pessoa do almirante Garnier, dispôs homens e mulheres aos supostos anseios revolucionários do ex-presidente da República.
Almir Garnier foi o único comandante militar da história recente a se abster de passar o cargo mais importante das Forças Armadas ao seu sucessor em tradicional formatura militar. Na prática, essa rebeldia significou simplesmente “não prestar continência” ao presidente Lula.
PATRIOTA DE TWITTER
O ex-comandante da Marinha, desde então, tem recebido demonstrações de respeito de internautas nas redes sociais por conta de sua atitude de não comparecer à cerimônia de passagem de comando para o Almirante Olsen, nomeado pelo presidente Lula.
Matéria feita pela Revista Sociedade Militar mostrou que os usuários do (ex-)Twitter que se expressaram sobre o almirante, em geral demonstraram grande admiração e respeito por ele, que é mencionado como “um exemplo de integridade e patriotismo”. O oficial hoje possui mais de 100 mil seguidores na rede social.
De acordo com o testemunho do tenente-coronel Mauro Cid, os comandantes militares, tão loquazes durante os quatro anos do governo Bolsonaro, silenciaram durante a alegada reunião preparatória para o (gorado) golpe, exceto o almirante Garnier.
O POVO QUER SABER
É também do colunista Aguirre Talento a informação de que a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI do 8/1, vai pedir a quebra do sigilo telemático do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha citado em delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A senadora deve pedir a quebra do sigilo telemático do almirante Almir Garnier e apresentar um requerimento para convocá-lo, porque ela “quer saber que história é essa de que ele estava apoiando um Golpe de Estado” e qual a participação dele nisso.