O Exército brasileiro promove uma feira de adoção de animais abandonados em Brasília. A feira faz parte de uma série de atividades previstas na ação cívico-social “Tropa Fiel”, cujo objetivo é promover a adoção responsável de animais abandonados na área militar de Brasília.
O projeto conta com o apoio da da Comissão de Defesa dos Animais da OAB e das ONGs Eu amo e cuido, Adote o Bem, Amigo cão e Proanima.
Juntas, essas organizações auxiliaram na preparação dos animais e na garantia das melhores práticas para o procedimento de adoção. Em sua maioria, foram selecionados animais que nasceram na área do Setor Militar Urbano ou que foram abandonados pelos donos.
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Clique aqui para seguirEles foram recolhidos, tratados, vacinados e alimentados por militares voluntários e veterinários. Após rigorosa triagem, os animais foram disponibilizados para adoção.
Durante o dia, os visitantes acompanharam a apresentação da banda de música do Exército e dos cães de guerra do Batalhão de Polícia do Exército.
No local, veterinários estiveram à disposição para esclarecer dúvidas e orientar sobre os cuidados adequados para os novos membros da família.
A próxima Feira de Adoção acontecerá no sábado, dia 3 de fevereiro, das 9h às 17h, no estacionamento do Clube do Exército – Setor Militar Urbano, em Brasília.
DA GUERRA AOS CÃES, AOS CÃES DE GUERRA
A propaganda atual do Exército a respeito da campanha de adoção informa que os cachorros são empregados como Cães de Guerra. Isso não é mera poesia.
A expressão “cães de guerra” implica que os animais são realmente empregados em atividades militares, e são, por isso, considerados combatentes. Eles atuam em missões de patrulha, fiscalização e realizam saltos com a tropa paraquedista.
A partir desse dado e do que vem descrito a seguir, pode-se ter um vislumbre da máquina de propaganda do Exército em ação, tentando desfazer uma pegada negativa da Força.
Matéria publicada pelo jornal Metrópoles, em 29 de outubro de 2023, mostra que ativistas de direitos dos animais do grupo Proteção Animal DF obtiveram imagens de supostos maus-tratos de cachorros nas dependências de um quartel do Exército em Brasília.
Procurada, a Força diz que está trabalhando para resolver o problema no local.
Nas fotos, há cachorros que aparecem sangrando, mutilados e muito magros. Relatos que acompanham os registros, feitos por pessoas que frequentam o local, dizem que os militares têm ordens para não alimentar os animais.
Denunciantes anônimos reportaram que os cães frequentemente seriam amarrados pelo pescoço e sofriam agressões físicas, o que seria o motivo das feridas que aparecem nas fotos.
O Exército informou ao Metrópoles que o 11º Grupo de Artilharia Antiaérea, que administra o quartel em questão, abriu um procedimento administrativo “a fim de apurar os fatos e adotar as medidas cabíveis”.
“Cabe ressaltar que o local onde o 11º GAAAe está situado enfrenta um problema com a grande quantidade de cães de rua e em situação de abandono”, diz o Comando Militar do Planalto, em nota.
O comando acrescenta que tem buscado com órgãos de vigilância sanitária e com organizações não governamentais de proteção aos animais “um apoio para se encontrar uma solução efetiva em prol do tratamento adequado desses animais”.
Texto de JB Reis