Um dos grandes motes da campanha política do ex-presidente Jair M. Bolsonaro foi “a luta contra o comunismo”. Sendo ele próprio militar da reserva, sempre cercado de generais, almirantes e brigadeiros, a aventura quixotesca, impensável há uns 10 anos, ganhou ares de possibilidade, ainda que suspeita.
Na atualidade, a esquerda política está novamente no poder já há dois anos. Essa é a realidade dos fatos, por mais que uns e outros não queiram ver.
E para jogar mais terra na hipótese do terror vermelho renascido, o que restou da simbiose entre ideologia política e militarismo foi sepultado por ninguém menos do que um dos militares mais populares atualmente.
O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Tenente-Brigadeiro Francisco Joseli Parente Camelo, disse nesta terça-feira, 26, que não acredita que existe comunismo no Brasil e que a esquerda quer é “um Brasil melhor”.
Em entrevista ao jornalista Túlio Amâncio, da BandNews TV, o ministro, que já foi piloto do avião presidencial na outra encarnação do governo petista, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é comunista.
“O presidente Lula é um sindicalista. Não vejo o presidente Lula, e jamais o vi, como um comunista. Porque as pessoas tem uma mania de pensar que ser de esquerda é ser comunista. Isso não existe. Ser de esquerda é querer um Brasil melhor, um Brasil mais solidário, um Brasil mais próspero, um Brasil que pensa no mais pobre, é tudo isso que a esquerda pensa. Ser de esquerda não é ser comunista e o comunismo, para mim, não existe no nosso País”, disse.
Camelo disse não ter preferência política, porque militares não têm partido.
“Não somos nem de esquerda nem de direita. Nós queremos o melhor para o Brasil. Nós queremos a sociedade brasileira viva, feliz como sempre foi. Queremos que a pacificação volte ao nosso País.”
Texto de JB Reis – Revista Sociedade Militar
https://twitter.com/tulio_amancio/status/1772778058467996131