Frustração por um lado e oposição a valores conservadores, por outro, são dois dos motivos apontados pelo brigadeiro Baptista Júnior como motivação para a enxurrada de ataques que partem das redes sociais contra os militares das Forças Armadas.
O militar, hoje na reserva, possui em seu perfil no “X” mais de 77 mil seguidores. Na bio do perfil há um recado para “radicais e agressivos” e lá o militar se define como conservador e liberal: “Piloto, tricolor, cidadão, conservador e liberal. Ex-Comandante da FAB. Aceito opiniões contrárias, mas bloqueio idiotas, radicais e agressivos“.
Golpismo ou anticonservadorismo
A postagem em seu perfil particular no Twitter, o Tenente – Brigadeiro do Ar e ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, deixa evidente que o militar não faz questão de agradar nenhum dos extremos do espectro político atual. Nessa terça-feira em seu perfil listou alguns dos motivos que para ele são os motivadores da onda de ataques.
Para Baptista Junior há dois tipos distintos de detratores: o primeiro tipo esperava que houvesse um golpe militar que impedisse que o governo atual assumisse no início de 2023 e como isso não aconteceu, permanece – na sua visão – um sentimento de frustração em relação às instituições militares.
“Nós vamos passar e elas, por serem permanentes, ficarão, cumprindo seu papel constitucional. Muitos dos que agridem NOSSAS forças armadas escondem uma frustração, pois sonharam com um GOLPE, que não apoiamos exatamente por não sermos milicianos de quaisquer governantes.”
O outro tipo, na visão do oficial general, “que não se beneficiariam desse GOLPE”, tem um perfil anti-conservador e atacam porque a maior parte dos militares são defensores de “princípios e valores conservadores, de liberdade e justiça”
“Outros, nos atacam por saberem sermos, em grande maioria, defensores dos princípios e valores conservadores, de liberdade e justiça. E continuamos a cumprir nosso papel, pelo bem de TODOS.”, disse o oficial