O jornalista Heródoto Barbeiro, do portal R7, postou neste domingo, 19 de maio, uma crítica as pensões recebidas pelas filhas de militares.
Para o jornalista, trata-se de um assistencialismo imerecido, sustentado pelo fato de algumas dessas filhas não se casarem oficialmente para continuar recebendo o benefício pelo resto da vida. A opinião de Heródoto, expressa em um vídeo, reacendeu uma discussão antiga e acalorada.
Heródoto argumenta que essa prática, originada na República Velha, perpetua uma forma de dependência financeira desnecessária nos dias de hoje. Ele destaca que, antigamente, as mulheres dependiam economicamente dos homens, o que justificava a pensão.
No entanto, ele aponta que, atualmente, essa dependência não existe mais, tornando o benefício obsoleto e injusto para o contribuinte.
A crítica de Heródoto foi amplamente discutida nas redes sociais, recebendo uma série de comentários contrários. Muitos internautas lembraram que a Medida Provisória 2215, de 2001, mudou a lei que beneficiava as filhas de militares.
Segundo os críticos, o benefício foi extinto há 23 anos, mas ainda contempla as filhas de militares que já o recebiam antes da mudança.
Um dos comentários mais destacados acusou Heródoto de falta de conhecimento sobre a atual legislação. Isso porque, de acordo com a MP 2215, o benefício foi descontinuado para novas beneficiárias, mas manteve-se para aquelas que já o recebiam, em respeito ao direito adquirido. Os comentários mencionaram ainda outras carreiras, como a jurídica e a diplomática, que tinham benefícios semelhantes.
Outro internauta reforçou que a mudança na lei permitiu que as mulheres continuassem a receber a pensão independentemente de seu estado civil, desde que tivessem optado por isso e recolhessem um adicional na pensão militar.
Em outro comentário, Heródoto foi criticado por omitir que o benefício da pensão era resultado de descontos feitos ao longo dos anos no contracheque dos militares.
Um dos críticos, por fim, também destacou que há outras questões envolvendo o uso de dinheiro público que deveriam ser discutidas com a mesma ênfase, como subsídios a artistas e emissoras de TV.
Veja o vídeo abaixo: