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EUA reforça presença militar no Indo-Pacífico para conter agressões da China com bases na Coreia do Sul, Japão e Filipinas

por Jefferson S Publicado em 29/07/2024 — Atualizado em 07/08/2024
EUA reforça presença militar no Indo-Pacífico para conter agressões da China com bases na Coreia do Sul, Japão e Filipinas

Os Estados Unidos estão reforçando sua presença militar no Indo-Pacífico em resposta ao aumento das tensões com a China, particularmente em torno de Taiwan e Japão. Recentemente, a Força Aérea dos EUA (USAF) deslocou caças F-22 Raptors para a base aérea de Kadena, no Japão, em uma clara demonstração de força e de compromisso com a segurança regional.

A cooperação com aliados regionais, como Coreia do Sul e Japão, também tem sido intensificada. No entanto, a parceria mais significativa recentemente é com as Filipinas, onde o governo do presidente Ferdinand Marcos Jr. está trabalhando estreitamente com os EUA para estabelecer novas bases militares.

Comando Indo-Pacífico dos EUA

O Comando Indo-Pacífico dos EUA (USINDOPACOM) é a maior e mais antiga unidade de combate unificada das forças armadas dos EUA, responsável por uma área que cobre aproximadamente 52% da superfície terrestre, desde a costa oeste dos EUA até a fronteira marítima leste da Índia e do Ártico até a Antártica.

Com 375.000 militares, o comando inclui componentes do Exército, Fuzileiros Navais, Marinha e Força Aérea dos EUA, além das forças americanas no Japão e na Coreia. A sede do comando está localizada no Camp H. M. Smith, no Havaí.

Bases Estratégicas

Alasca

No Alasca, os EUA mantêm radares significativos, sites de mísseis de longo alcance e bases aéreas que suportam operações de combate no noroeste do Pacífico, estendendo-se até a cadeia das Ilhas Aleutas.

Guam

Guam, localizada a cerca de 2.751 km a sudeste de Taiwan, é um ponto estratégico vital com a Base Naval Guam e a Base Aérea Andersen. A Base Naval Guam possui instalações para superportadores da Marinha dos EUA e submarinos da Frota do Pacífico, além de ser um local de armazenamento e manutenção de munições.

Presença Militar no Japão

Os EUA mantêm uma presença significativa no Japão desde 1957, com quase 50.000 militares. A Sétima Frota dos EUA está baseada em Yokosuka, enquanto a III Força Expedicionária de Fuzileiros Navais está em Okinawa. Bases aéreas importantes incluem Misawa e Kadena, onde os caças F-35A estão substituindo os F-16.

Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, a presença dos EUA é de cerca de 28.000 militares. As principais unidades incluem o Oitavo Exército dos EUA e a Sétima Força Aérea, com quartéis-generais em Camp Humphreys, Pyeongtaek. O objetivo é apoiar o Comando das Nações Unidas local e o Comando de Forças Combinadas ROK/EUA.

Novas Bases nas Filipinas

As Filipinas, historicamente afetadas pela agressão chinesa no Mar do Sul da China, estão cooperando estreitamente com os EUA para estabelecer novas bases. Recentemente, foram designadas mais quatro bases sob o Acordo de Cooperação de Defesa Aprimorada (EDCA), totalizando nove locais estratégicos.

Impacto na Balança de Poder

A presença significativa dos EUA no Japão, Coreia do Sul e Filipinas fortalece as capacidades militares dos aliados na região, aumentando a pressão sobre a China. Com exercícios militares conjuntos mais frequentes e maior envolvimento de membros da OTAN na região, a força militar contra a China torna-se cada vez mais substancial.

Com informações de EurAsianTimes

Jefferson S

Jefferson S

Ex-militar das Forças Armadas com experiência em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (Sebrae-RJ) e certificado como especialista de investimentos pela ANCORD, tendo atuado nos maiores escritórios da XP investimentos. Analiso e produzo conteúdos para a internet desde 2025, meu primeiro blog foi o "bizu de militar", onde passava dicas para os recrutas no Exército. Atuo na Sociedade Militar trazendo análises e conteúdos relacionados a Geopolítica, Tecnologia militar, Industria de Defesa e Inteligência Artificial.