Pela primeira vez, um bombardeiro H-6K foi flagrado carregando quatro mísseis balísticos anti-navio, conhecidos como “carrier killers” (matadores de porta-aviões). Esta inovação sugere uma escalada nas capacidades ofensivas da força aérea chinesa, ampliando seu alcance estratégico e suas habilidades de dissuasão.

O H-6K, uma versão modernizada do bombardeiro H-6 original, representa uma peça central na estratégia de longo alcance da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF). Equipado com motores mais potentes, maior capacidade de carga e sistemas eletrônicos avançados, este bombardeiro já era conhecido por sua versatilidade. No entanto, a adição dos mísseis balísticos anti-navio destaca uma nova dimensão em sua capacidade ofensiva.

Ameaça a grandes embarcações

Os mísseis balísticos anti-navio são projetados especificamente para ameaçar grandes embarcações, como porta-aviões, que são cruciais para o poder naval de qualquer nação. A habilidade de transportar e lançar até quatro desses mísseis simultaneamente representa uma ameaça para as forças navais inimigas. Estes mísseis são altamente manobráveis e podem viajar a velocidades hipersônicas, tornando-se difíceis de interceptar pelos sistemas de defesa convencionais.

A introdução desses mísseis no arsenal do H-6K pode ser vista como uma resposta às crescentes tensões no Mar do Sul da China e ao aumento da presença naval dos Estados Unidos e de seus aliados na região. A China tem investido pesadamente na modernização das suas forças armadas, buscando uma maior projeção de poder, de modo a desafiar a superioridade militar dos Estados Unidos no Pacífico.

Estratégia A2/AD

Além disso, esta nova capacidade de ataque reflete a doutrina de “anti-acesso/negação de área” (A2/AD) da China, que visa impedir ou limitar a capacidade de forças adversárias de operar em áreas próximas ao território chinês.

Com o H-6K equipado com mísseis balísticos anti-navio, a China pode projetar uma ameaça crível e dissuasiva a qualquer força naval que se aproxime de suas águas territoriais ou áreas de interesse estratégico.

Inovação nas forças armadas

Este desenvolvimento também destaca a importância da inovação e adaptação tecnológica nas forças armadas modernas. A capacidade de integrar novos sistemas de armas em plataformas existentes, como o H-6K, permite que a China maximize a eficiência e o impacto de seus recursos militares.

Com informações e imagens de The Aviationist