A recente investida de Israel contra alvos no Irã, sem comprometer a infraestrutura energética do país, derrubou os preços do petróleo e reduziu o temor de interrupções no fornecimento global. Esse cenário de calmaria no mercado de petróleo impactou diretamente os preços da commodity, que caíram significativamente em negociações internacionais. Com essa queda, há uma expectativa de que os preços dos combustíveis fiquem mais estáveis, aliviando o bolso dos consumidores brasileiros no curto prazo.
Na última sessão da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do petróleo WTI, com vencimento em dezembro, registrou queda de 6,12%, fechando o barril a US$ 67,38 – a maior baixa intradiária desde 2022. Já o Brent, referência internacional, recuou também 6,12%, encerrando a sessão a US$ 71,00 o barril. A ausência de danos a instalações estratégicas de petróleo no Irã contribuiu para a reação positiva dos mercados, afastando o temor de uma crise de fornecimento que eleva os preços dos combustíveis.
Especialistas apontam que o ataque israelense, embora expressivo, não afetou a infraestrutura energética iraniana, o que trouxe alívio imediato ao mercado. Ao evitar atingir instalações de produção e distribuição, o impacto na cadeia de fornecimento global foi mínimo. Sem um abalo estrutural, o preço do petróleo acabou refletindo uma correção para baixo, que pode ser percebida nos preços de combustíveis a médio prazo em mercados consumidores como o Brasil.
O governo iraniano também teve papel importante na reação do mercado. As autoridades do Irã minimizaram a dimensão e a eficácia do ataque, o que diminuiu a percepção de risco para um possível confronto militar de grandes proporções. Essa postura fez com que o “prêmio de risco de guerra” embutido no preço do petróleo fosse reduzido significativamente. Com menor risco de escalada, o mercado ajustou o preço da commodity para baixo.
Analistas de grandes bancos, destacaram que a “taxa de risco de guerra” sobre o petróleo está sendo revista, com projeções de um possível excedente na oferta global em 2025. Esse potencial excesso de petróleo sugere que o preço da commodity deve permanecer estável nos próximos meses, o que, em termos práticos, indica um impacto positivo para os consumidores. Menores preços no mercado internacional podem significar estabilidade ou até redução dos preços nos postos de combustíveis brasileiros.
Esse cenário de queda no preço do petróleo é visto como uma trégua para os brasileiros, que sentiram os impactos dos conflitos geopolíticos nas últimas altas dos combustíveis. Se o movimento de estabilização no mercado se mantiver, o consumidor brasileiro poderá experimentar um alívio na bomba, reduzindo o peso do combustível no orçamento doméstico.
Embora menos preocupante o cenário de estabilidade deve ser monitorado, pois novas tensões entre Israel e Irã podem reacender a instabilidade nos preços da commodity. Para o setor de defesa e os mercados financeiros, a segurança das infraestruturas energéticas no Oriente Médio continua sendo essencial para garantir a estabilidade dos preços globais e a segurança econômica.
O contexto reforça a necessidade de atenção constante aos desdobramentos geopolíticos. A estabilidade na produção e no fornecimento de petróleo não só impacta diretamente os preços dos combustíveis, mas também afeta toda a economia mundial, especialmente em países que dependem da importação de combustíveis, como o Brasil.
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