A crise política na Venezuela atingiu um novo ápice após os Estados Unidos estabelecerem um ultimato para que Nicolás Maduro deixe a presidência até 10 de janeiro de 2025. A informação foi divulgada pelo canal Militarizando o Mundo. Segundo o autor, o prazo foi anunciado por Francisco Palmieri, embaixador dos EUA na Venezuela, que advertiu sobre sanções severas e isolamento internacional caso Maduro não reconheça a vitória de Edmundo Gonzales nas eleições de julho de 2024.
A votação foi amplamente contestada por governos internacionais e pela oposição venezuelana, que denunciaram fraude e manipulação do Conselho Nacional Eleitoral controlado pelo regime chavista. Apesar de Maduro ter sido declarado vencedor com 51% dos votos, as denúncias de irregularidades foram reforçadas por declarações de líderes estrangeiros que não reconhecem sua legitimidade.
Maduro reforça forças armadas e denuncia conspiração internacional
A resposta do governo Maduro tem sido intensificar a modernização das Forças Armadas, adquirindo sistemas avançados de defesa aérea e armamentos de aliados como Rússia e China. Segundo especialistas, as movimentações indicam que o regime se prepara para resistir a uma eventual intervenção militar estrangeira, enquanto mantém uma retórica de defesa da soberania nacional e denuncia conspirações internacionais lideradas por Washington.
Os Estados Unidos alertaram que, além de sanções econômicas mais severas, podem implementar medidas individuais contra figuras ligadas ao regime, especialmente aquelas envolvidas em violações de direitos humanos e repressão política. O embaixador Palmieri enfatizou que a única saída viável para Maduro é negociar uma transição pacífica e evitar um colapso ainda maior no país.
O Brasil, alinhado aos EUA desde 2019, também apoia a oposição venezuelana e pressiona por uma solução democrática para a crise. A posição reflete preocupações com a instabilidade regional, agravada pelo aumento no fluxo de refugiados venezuelanos e pela tensão crescente na fronteira.
Esperança e incertezas para o povo venezuelano
A crise se torna ainda mais complexa com a disputa pela região do Essequibo, rica em recursos naturais e reivindicada pela Venezuela, que critica a presença de bases militares norte-americanas na vizinha Guiana. Essa questão adiciona uma camada geopolítica ao conflito, envolvendo aliados externos e ampliando os riscos de desestabilização regional.
Com o prazo de 10 de janeiro se aproximando, a população venezuelana permanece à mercê de uma economia colapsada, crise humanitária e incerteza política. Para muitos, a data representa não apenas uma virada política, mas também a esperança de um novo começo para o país.