O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou, em 12 de dezembro, a conclusão bem-sucedida de testes integrados do Corpo Comum de Planeio Hipersônico (CHGB). Essa tecnologia, parte de uma iniciativa para modernizar as capacidades militares norte-americanas, está sendo adaptada para diversas plataformas.

O Exército dos EUA planeja incorporar sua versão, chamada Long Range Hypersonic Weapon (LRHW), conhecida como “Dark Eagle”, em sistemas móveis terrestres, com alcance de até 2.253 km. A Marinha, por sua vez, integrará o sistema Conventional Prompt Strike (CPS) a navios e submarinos, como os destróieres classe Zumwalt até 2025 e os submarinos classe Virgínia até 2028.
Além disso, a Força Aérea dos EUA desenvolve o AGM-183 ARRW, míssil lançado por aeronaves que pode atingir velocidades de Mach 20 com alcance de 925 km. Essas armas hipersônicas oferecem capacidades de ataque rápido e de longo alcance, podendo superar as defesas russas existentes.
Em resposta, a Rússia reforça suas capacidades defensivas com o sistema de defesa aérea S-500 e o avançado radar Yenisei. O S-500, projetado para interceptar mísseis balísticos e ameaças espaciais, utiliza mísseis como o 77N6-N, otimizados para alvos em alta velocidade e altitude.
O radar Yenisei, por sua vez, é capaz de detectar aeronaves furtivas e mísseis hipersônicos a distâncias superiores a 600 km, rastreando centenas de alvos simultaneamente e discriminando ameaças reais de iscas.
Apesar do S-500 ainda estar em fase inicial de operação, ele reforça a estratégia de defesa russa contra a crescente ameaça de armas hipersônicas norte-americanas. Ambos os países continuam avançando em tecnologias que moldarão o futuro da segurança global.